Etimologia:
A palavra “natal” (em
português) já foi nātālis no latim, derivada do verbo nāscor (nāsceris,
nāscī, nātus sum) que tem sentido de nascer. De nātālis do latim,
evoluíram também natale (italiano), noël (francês), nadal (catalão), natal (castelhano),
sendo que a palavra natal do castelhano foi progressivamente
substituída por navidad, como nome do dia religioso.
Já a palavra Christmas, do
inglês, evoluiu de Christes maesse ('Christ's mass') que quer dizer “missa
de Cristo”.
Como adjectivo, significa também
o local onde ocorreu o nascimento de alguém ou de alguma coisa.
Como festa religiosa, o Natal, que é comemorado desde o Século IV, no dia 25 de Dezembro, pela Igreja ocidental e desde o Século V pela Igreja oriental, celebra o nascimento de Jesus Cristo.
Muitos historiadores localizam a primeira celebração em Roma, no ano 336 d.C. No entanto, parece que os primeiros registos da celebração do Natal têm origem anterior, na Turquia, a 25 de Dezembro, já em meados do Século II.
A primeira evidência histórica para celebrar o nascimento de Cristo surgiu na primeira metade do século III, com Hipólito, bispo de Roma. Até ao ano 300 d.C. o nascimento de Jesus era comemorado pelos cristãos em diferentes datas.
Como festa religiosa, o Natal, que é comemorado desde o Século IV, no dia 25 de Dezembro, pela Igreja ocidental e desde o Século V pela Igreja oriental, celebra o nascimento de Jesus Cristo.
Muitos historiadores localizam a primeira celebração em Roma, no ano 336 d.C. No entanto, parece que os primeiros registos da celebração do Natal têm origem anterior, na Turquia, a 25 de Dezembro, já em meados do Século II.
A primeira evidência histórica para celebrar o nascimento de Cristo surgiu na primeira metade do século III, com Hipólito, bispo de Roma. Até ao ano 300 d.C. o nascimento de Jesus era comemorado pelos cristãos em diferentes datas.
Papa Libério |
A celebração do Natal foi instituída oficialmente pelo Papa Libério (36º Papa) em 354 d. C., ordenando que os cristãos celebrassem o nascimento de Jesus Cristo no dia 25 de Dezembro.
A Igreja entendeu que devia cristianizar as festividades pagãs que os vários povos celebravam por altura do solstício de Inverno.
Assim, em vez de
proibir as festividades pagãs, forneceu-lhes simbolismos cristãos e uma nova
linguagem cristã. As alusões dos padres da igreja ao simbolismo de Cristo como
"o sol de justiça" (Malaquias 4:2) e a "luz do mundo" (João
8:12) expressam o sincretismo religioso.
Originalmente
destinada a celebrar o nascimento anual do Deus Sol no solstício de Inverno (natalis
invicti Solis), a festividade foi restaurada pela Igreja Católica no Século
III para estimular a conversão dos povos pagãos sob o domínio do Império Romano, passando então a comemorar-se o nascimento de Jesus de Nazaré no dia 25 de Dezembro.
Provavelmente, o
Papa Libério escolheu esta data porque no mundo romano já se comemorava o “dia
de Saturno”, festividade em honra do deus Saturno (festa chamada de Saturnália),
e que era comemorada entre os dias 17 e 22 de Dezembro.
A religião mitraica
dos persas (inimiga dos cristãos) comemorava no dia 25 de Dezembro o "natalis
invicti solis" - (“nascimento do Sol invicto”).
Em 440 d.C., foi
oficializado o 25 de Dezembro como o dia do nascimento de Cristo. Buscando
cristianizar cultos pagãos, o clero corrupto da «era das trevas» (de
Constantino até a Idade Média), tentou de todas as formas conciliar o paganismo
com o cristianismo.
Ilustrações Victorianas do Pai Natal, cerca de 1930. |
O Pai Natal
O Pai Natal é uma figura lendária
que em muitas culturas ocidentais traz presentes aos lares das crianças bem-comportadas
na noite da Véspera de Natal, no dia 24 de Dezembro, ou no Dia de São Nicolau, 6
de Dezembro. A lenda terá sido baseada, em parte, em contos biográficos na vida da figura histórica de São Nicolau. Uma história quase idêntica é
atribuída no folclore grego e bizantino, a Basílio de Cesareia. O Dia de São
Basílio, 1 de Janeiro, é considerado o dia da troca de presentes na Grécia.
Também é conhecido como São Nicolau de Mira ou São Nicolau de Bari, referência à cidade de Bari, em Itália, para onde os seus restos mortais foram transladados.
Origem do Pai Natal
O Pai Natal foi
inspirado no Bispo São Nicolau, que nasceu em Pátara (Ásia Menor, actual Turquia), cerca do ano de 270, na segunda metade do Século III. Era filho de pais ricos e cristãos. Em 313, quando o Imperador Constantino fez a paz com os cristãos, Nicolau decidiu fazer uma peregrinação aos lugares santos. No regresso, passou a viver na cidade de Mira, na Turquia, onde veio a falecer, entre 345 e 352. Depressa adquiriu a fama de ser um homem bom para com todos, especialmente para com os mais pobres. Foi bispo de Mira. Existem muitas lendas a respeito do bispo Nicolau. As mais conhecidas referem-se à bondade para com as crianças.
Uma vez, veio ao seu encontro uma mãe com um filho morto nos braços. Ajoelhou-se diante dele e, chorando, suplicou-lhe:
- O meu filho único, de apenas dois anos, morreu repentinamente. Peço-te que lhe devolvas a vida.
O povo estava na expectativa do que iria fazer o bispo Nicolau. Este rezou a Deus e depois tocou na criança e fez-lhe o sinal da cruz no lugar do coração. Nesse momento, a criança abriu os olhos e olhou para a mãe.
São Nicolau costumava ajudar, anonimamente, quem estivesse em dificuldades financeiras, colocando um saco com moedas de ouro na chaminé das casas das pessoas ou crianças necessitadas. Foi declarado santo depois de muitos milagres que lhe foram atribuídos.
Os povos nórdicos davam (e em alguns países ainda se cumpre esta tradição) presentes às crianças no dia 6 de Dezembro, festa de São Nicolau, dizendo-lhes que era este santo que passava e os distribuía. Com o tempo, foi substituído pelo Pai Natal. A sua transformação em símbolo natalício teve início na Alemanha, percorrendo depois o mundo inteiro.
São Nicolau é venerado pelas Igrejas Ortodoxa, Copta Ortodoxa, Anglicana e Católica. O seu principal Santuário é a Basílica de São Nicolau, na cidade de Bari, em Itália.
Uma vez, veio ao seu encontro uma mãe com um filho morto nos braços. Ajoelhou-se diante dele e, chorando, suplicou-lhe:
- O meu filho único, de apenas dois anos, morreu repentinamente. Peço-te que lhe devolvas a vida.
O povo estava na expectativa do que iria fazer o bispo Nicolau. Este rezou a Deus e depois tocou na criança e fez-lhe o sinal da cruz no lugar do coração. Nesse momento, a criança abriu os olhos e olhou para a mãe.
Ícone russo de São Nicolau com cenas da sua vida. Final de 1400 ou início de 1500. Museu Nacional de Estocolmo, Suécia. |
São Nicolau costumava ajudar, anonimamente, quem estivesse em dificuldades financeiras, colocando um saco com moedas de ouro na chaminé das casas das pessoas ou crianças necessitadas. Foi declarado santo depois de muitos milagres que lhe foram atribuídos.
Os povos nórdicos davam (e em alguns países ainda se cumpre esta tradição) presentes às crianças no dia 6 de Dezembro, festa de São Nicolau, dizendo-lhes que era este santo que passava e os distribuía. Com o tempo, foi substituído pelo Pai Natal. A sua transformação em símbolo natalício teve início na Alemanha, percorrendo depois o mundo inteiro.
São Nicolau é venerado pelas Igrejas Ortodoxa, Copta Ortodoxa, Anglicana e Católica. O seu principal Santuário é a Basílica de São Nicolau, na cidade de Bari, em Itália.
O termo «Natal» em várias línguas europeias. |
A data exacta do Nascimento de Jesus:
Através da Bíblia Sagrada e outros documentos religiosos, os estudiosos geralmente estimam que Jesus Cristo nasceu entres os anos 7 e 2 a.C. e faleceu entre os anos 26 e 36 d.C..
Milão - Sarcófago de Stilicone, Século IV, uma das mais antigas
imagens da Natividade conhecidas.
|
O dia 25 de Dezembro não é data real do nascimento de Jesus. Não existem documentos oficiais que comprovem o dia certo do nascimento nem existe evidência histórica contemporânea que demonstre a data do nascimento de Jesus.
A data de nascimento de Jesus é muito discutida. Devido a
falhas do calendário há quem diga que Jesus teria nascido por volta do ano 6 d.C.. Porém, considerando que Jesus nasceu pouco tempo antes da morte de Herodes, isto
coloca-nos numa data anterior a 4 a.C..
Outra ajuda que temos para facilitar a localização da data
do nascimento de Jesus foi que este ocorreu a quando José foi a Belém com sua
família para participar do recenseamento.
Os romanos obrigaram o recenseamento de todos os povos que
lhes eram sujeitos a fim de facilitar a cobrança de impostos, o que se tornou
numa valiosa ajuda na localização temporal dos factos, uma vez que ocorreu
exactamente 4 anos antes da morte de Herodes, no ano 8 a.C.
Entretanto, os Judeus tomaram providência no sentido de dificultar
qualquer tentativa por parte dos ocupantes em contar o seu povo, pelo que,
segundo a história, nas terras judaicas este recenseamento ocorrera um ano
depois do restante império romano, ou seja no ano 7 a.C.. Em Belém, o
recenseamento ocorrera no oitavo mês, pelo que se concluiu que, Jesus nascera, provavelmente, no mês de Agosto do ano 7 a.C..
Outros factos também ajudam a estimar a data exacta.
Conforme é relatado pelos textos bíblicos, no dia seguinte ao nascimento de
Jesus, José fez o recenseamento da sua família, e um dia depois Maria enviou
uma mensagem a Isabel, relatando o acontecimento.
A apresentação dos bebés no templo, bem como a purificação das mulheres
teria de ocorrer até aos vinte e um dias após o parto. Jesus foi apresentado no
templo de Zacarias, segundo os registos locais, no mês de Setembro, num Sábado.
Sabe-se que Setembro do ano 7 a.C. teve quatro sábados: 4, 11, 18 e 25. Como os
censos em Belém ocorreram entre 10 e 24 de Agosto, o sábado de apresentação
seria o de 11. Logo, Jesus teria nascido algures depois de 21 de Agosto do ano 7
a.C..
A origem do Anno Domini:
A Missa do Galo
O Natal nos vários grupos cristãos
O Natal é celebrado pelas várias religiões de forma diferente, consoante as suas doutrinas ou tradições. Existem quatro datas diferentes usadas pelos diferentes grupos cristãos para marcar o nascimento de Cristo:
(Pela seguinte ordem: Grupo - data do Natal - calendário utilizado - data no calendário gregoriano)
O nascimento de Jesus Cristo na Arte:
A Natividade tem sido
representada em diferentes suportes, tanto na pintura como na escultura. Na pintura incluem-se murais, painéis, iluminuras, vitrais
e pintura a óleo. O tema da Natividade é frequentemente usado em retábulos,
conjugando elementos de pintura com escultura. Na escultura incluem-se miniaturas de marfim, arte tumulária e elementos arquitectónicos, como capitéis, entalhes de portas e estatuária.
A mais antiga representação existente da Virgem Maria com o Menino num manuscrito ocidental encontra-se no Livro de Kells (ver imagem), também conhecido como Grande
Evangelho de São Columba (521-597, monge irlandês que introduziu o
cristianismo na Escócia) é um manuscrito ilustrado com motivos
ornamentais, feito por monges celtas por volta do ano 800 no
estilo conhecido por arte insular.
Representações bizantinas e ortodoxas: (exemplos)
A origem do Anno Domini:
Anno Domini (termo em latim que
significa: "Ano do Senhor"), também apresentado na sua forma
abreviada A.D., é uma expressão utilizada para marcar os anos seguintes ao Ano
1 do calendário mais comum utilizado no Ocidente, designado
como "Era Cristã" ou, ainda, como "Era Comum" (esta
última designação é a preferida por quem tenta evitar referências religiosas).
O sistema do Anno Domini foi
desenvolvido em 527, em Roma, por um monge cita - (Citas, antigo
povo iraniano de pastores nómadas equestres), Dionísio, o Exíguo, (nascido
na Cítia Menor, actualmente a região de Dobruja, Roménia). Membro da chamada
comunidade dos monges da Cítia em Roma, versado em matemática e
astronomia, que se celebrizou pela criação de um conjunto de tabelas para
calcular a data da Páscoa, levando à introdução do conceito de Anno Domini,
o Ano do Senhor, a contagem dos anos a partir do nascimento de Cristo.
Vivendo em Roma desde cerca do ano 500, Dionísio era um dos sábios da Cúria
Vaticana, na qual traduziu da língua grega para o latim 401 cânones
eclesiásticos, incluindo os cânones apostólicos e os decretos do Concílio
de Niceia, do Primeiro Concílio de Constantinopla, do Concílio de Calcedónia e
do Concílio de Sardes.
Foi durante o reinado de Carlos
Magno (Rei dos Francos, Rei dos Lombardos e Imperador Romano-Germânico), no Século VIII, que o ocidente adoptou o calendário baseado na data de
nascimento de Jesus Cristo.
O oriente europeu reconheceu este calendário muito mais tarde, já no século XVIII, quando a Rússia sentiu necessidade de se aproximar da cultura europeia ocidental. A partir daí, todos os países ortodoxos começaram a contar o seu tempo através do calendário do escrivão Dionísio. Este calendário ficou conhecido com o nome do Papa Gregório XIII e é aquele que se mantém até hoje.
O oriente europeu reconheceu este calendário muito mais tarde, já no século XVIII, quando a Rússia sentiu necessidade de se aproximar da cultura europeia ocidental. A partir daí, todos os países ortodoxos começaram a contar o seu tempo através do calendário do escrivão Dionísio. Este calendário ficou conhecido com o nome do Papa Gregório XIII e é aquele que se mantém até hoje.
A Missa do Galo
A Missa do Galo é uma tradição católica nos países latinos e deriva da lenda ancestral, segundo a qual, à meia-noite do dia 24 de Dezembro um galo teria cantado
fortemente, como nunca ouvido de outro animal semelhante, anunciando a vinda do
Messias, filho de Deus vivo, Jesus Cristo.
Uma outra lenda,
de origem espanhola, conta que antes de baterem as 12 badaladas da meia noite
de 24 de Dezembro, cada lavrador da província de Toledo, em Espanha, matava um galo,
em memória daquele que cantou três vezes quando São Pedro negou Jesus, por
ocasião da sua morte. A ave era depois levada para a Igreja, a fim de ser
oferecida aos pobres, que tinham, assim, um melhor Natal.
Há muitos e muitos
anos era costume, em algumas aldeias espanholas, levar o galo para a Igreja
para este cantar durante a missa, significando isto um prenúncio de boas
colheitas.
O galo também
anuncia o nascer do Sol e o seu canto simboliza o amanhecer, comemorado pelos pagãos,
como forma de agradecer ao Deus-Sol o surgimento do Sol após o longo período de
inverno. A missa do galo é normalmente comemorada com muita alegria.
Imagem de uma Missa do Galo na Basílica de S. Pedro, no Vaticano. O Papa Francisco beija uma imagem do menino Jesus, como é tradição durante a Missa do Galo. |
Origem histórica da Missa do Galo
Para celebrar o
nascimento de Jesus, a missa do galo foi instituída no Século V, após o Concílio
de Éfeso (431 d.C.), começando a ser celebrada oficialmente na basílica erigida
no Monte Esquilino (uma das sete colinas de Roma) pelo o Papa Sisto III, e era dedicada a Nossa Senhora -
posteriormente denominada Basílica de Santa Maria Maior. É, até à actualidade, celebrada à meia noite
do do dia 24 de Dezembro, tendo recebido tal nome por se acreditar que por
volta deste horário, há cerca de 2000 anos atrás, um galo cantou fortemente, anunciando
a vinda do Messias. O galo foi escolhido como símbolo desta celebração porque,
historicamente e tradicionalmente, representa vigilância, fidelidade e
testemunho cristão.
Nos primeiros
séculos, as vigílias festivas eram dias de jejum. Os fiéis reuniam-se na Igreja
e passavam a noite a rezar e a cantar. A Igreja era toda iluminada com lâmpadas
de azeite e com tochas. A iluminar a Palavra de Deus havia círios e tochas
junto do altar, enquanto que as paredes eram revestidas de panos e tapetes. O
templo era perfumado com alecrim, rosmaninho e murta. Em alguns locais mais
frios era costume deitar palha no chão para aquecer o ambiente. Muitas vezes, quando os fiéis terminavam esta celebração da Natividade já estava quase a amanhecer e os galos começavam a cantar.
A Consoada
O jejum da
vigília conduzia ao desprendimento e contemplação do mistério religioso. Quando
se aboliu o jejum, o povo continuou a chamar consoada à ceia de Natal, embora
fosse mais abundante. Como era costume comer peixe, esta tradição continuou. O
termo “consoada”, que significa "pequena refeição", surgiu no Século XVII, mas só
se divulgou quando a classe mais rica começou a realizar uma pequena refeição
após a missa da vigília do Natal.
O Natal nos vários grupos cristãos
O Natal é celebrado pelas várias religiões de forma diferente, consoante as suas doutrinas ou tradições. Existem quatro datas diferentes usadas pelos diferentes grupos cristãos para marcar o nascimento de Cristo:
(Pela seguinte ordem: Grupo - data do Natal - calendário utilizado - data no calendário gregoriano)
- Patriarcado Arménio de Jerusalém - 6 de Janeiro - Juliano - 19 de Janeiro;
- Igreja Apostólica Arménia e Igreja Católica Arménia - 6 de Janeiro - Gregoriano - 6 de Janeiro;
- Igreja Ortodoxa Oriental (Rússia), incluindo as respectivas jurisdições na Bulgária, Constantinopla (Turquia), Antioquia (Grécia), Alexandria (Egipto), Albânia, Chipre e Igreja Ortodoxa na América - 25 de Dezembro - calendário Juliano revisto - 25 de Dezembro;
- Outras Igrejas Ortodoxas da Rússia, Geórgia, Ucrânia, Macedónia, Moldávia, Montenegro, Sérvia, Israel e alguns Ritos Católicos Bizantinos - 25 de Dezembro - Juliano - 7 de Janeiro;
- Igreja Copta Ortodoxa de Alexandria - Koiak 29 (corresponde, no calendário Juliano, a 25 ou 26 de Dezembro) - Copta - 7 ou 8 de Janeiro;
- Igreja Ortodoxa Etíope - Tahasas, 28 ou 29 (correspondente ao 25 de Dezembro no calendário Juliano) - Etíope - 7 de Janeiro;
- Igrejas Cristãs Ocidentais (Católicas, Protestantes e Anglicanas) e Igreja Ortodoxa da Finlândia - 25 de Dezembro - Gregoriano - 25 de Dezembro.
Pintura de 1842, representando um coro de crianças transportando uma estrela com um ícone na festa de Natal em Bucareste, Roménia. |
O nascimento de Jesus Cristo na Arte:
A Natividade de Cristo tem
sido um tema maior na Arte Ocidental desde o século IV. As
representações artísticas da Natividade, ou nascimento de Jesus,
celebradas durante o Natal, são baseadas nas narrativas da Bíblia,
sobretudo nos evangelhos de S. Mateus e S. Lucas, e mais
tarde desenvolvidas pela tradição oral, escrita e artística.
São Mateus |
São Lucas, numa imagem do "Livro
de Horas" do Duque de Berry
|
A mais antiga “Madona com o Menino” ocidental conhecida, no Livro de Kells, no início do
Evangelho Segundo Mateus, c. 800. (pintura ocidental da Alta Idade Média) |
Peça principal do cristianismo
irlandês e da arte hiberno-saxônica, constitui, apesar de não concluído, um dos
mais sumptuosos manuscritos iluminados que restaram da Idade Média.
Em razão da sua grande beleza e da excelente técnica do seu acabamento, este
manuscrito é considerado por muitos especialistas como um dos mais importantes vestígios
da arte religiosa medieval.
Escrito em latim, o Livro de Kells contém os
quatro Evangelhos do Novo Testamento, além de notas preliminares
e explicativas e numerosas ilustrações e iluminuras coloridas. O
manuscrito encontra-se exposto permanentemente na biblioteca do Trinity College
de Dublin, na República da Irlanda.
Cenas da vida de Jesus Cristo. Tríptico, Constantinopla, cerca de finais do
Século X, marfim. Museu do Louvre, Paris, França.
|
Natividade de Jesus, de Andrei Rublev, 1405.
Catedral da Anunciação, Kremlim, Moscovo
|
Mosaico bizantino, 1150.
Palermo, Itália.
|
Representações ocidentais: (exemplos)
Capitel românico na Igreja de Saint Pierre, Século XII.
Chauvigny, França.
|
Iluminura alemã com duas cenas dos
Reis Magos, Século XIII.
|
"Adoração dos Pastores", 1485. Pintura do Proto-Renascimento, de Domenico Ghirlandaio (1449-1494),
pintor renascentista italiano. Basílica di Santa Trinita, Cappella Sassetti, Firenze, Itália. |
"Adoração dos Pastores", 1450-1451. Pintura do Renascimento no norte de Itália. Andrea Mantegna (1431-1506).
Metropolitan Museum of Art, New York.
|
"Adoração dos Magos", 1564. Renascimento da Europa do Norte. Pieter Bruegel, o Velho (1525-1569), National Gallery, Londres. |
Vitral dos finais do Século XIX. Adoração dos Pastores e dos Magos.
Catedral de Colónia, Alemanha.
|
Origem da Árvore de Natal:
Nos dias que antecediam o dia do Solstício
de Inverno, os povos pagãos da região dos países bálticos cortavam pinheiros, que levavam para os seus lares e enfeitavam de forma muito semelhante ao que se faz
nas actuais árvores de Natal. Esta tradição passou para os povos Germânicos.
Um inventor casual da Árvore de
Natal parece ter sido São Bonifácio, o apóstolo dos germanos ou evangelizador
da Alemanha. Nasceu em Inglaterra em 672 d.C. e faleceu, martirizado, em 05 de
Junho de 754 d.C. Seu nome religioso em latim, Bonifacius, quer dizer “aquele
que faz o bem”, e retoma o
mesmo significado do seu nome saxão Wynfrith.
Em 718
d.C. esteve em Roma e o Papa Gregório II enviou-o à Alemanha com a missão de
reorganizar a Igreja. Durante cinco anos, São Bonifácio evangelizou territórios
que hoje fazem parte dos estados de Hessen e Turíngia (2 dos 16 estados federais
da Alemanha). Em 722 d.C. foi feito bispo dos territórios da Germânia.
Em 723 d.C., São Bonifácio
derrubou um enorme carvalho dedicado ao deus Thor (outras versões falam em
Odim), perto da actual cidade de Fritzlar, na Alemanha, para convencer o povo e
os druídas de que não era uma árvore sagrada. Esse acontecimento é considerado
o início formal da cristianização da Alemanha.
Na queda, o carvalho destruiu
tudo que ali se encontrava, menos um pequeno pinheiro. Segundo a tradição,
Bonifácio interpretou esse fato casual como um milagre. Era o período do
Advento e, como ele pregava sobre o Natal, declarou: “Daqui em diante nós chamaremos a esta árvore de Árvore do Menino Jesus”.
O costume de plantar pequenos pinheiros
para celebrar o nascimento de Jesus começou, estendendo-se pela Alemanha e de lá
para o mundo, dizem. O pinheiro simboliza o amor perene de Deus. São Bonifácio decorou-o com maçãs, que representavam as tentações, o pecado original e os
pecados dos homens, e velas, que representavam Cristo, a luz do mundo e a graça
que recebem os homens que aceitam Jesus como Salvador.
Esta tradição espalhou-se na Idade Média por toda
a Europa. Com as conquistas e migrações chegou à América. Pouco
a pouco, a tradição foi evoluindo: trocaram as maçãs por bolas e as velas por
luzes que representam a alegria e a luz que Jesus Cristo trouxe ao mundo.
As
bolas colocadas na árvore de Natal, actualmente, simbolizam as orações que fazemos durante o período do Advento:
- As bolas azuis são orações de arrependimento;
- As bolas prateadas são orações de agradecimento;
- As bolas douradas são orações de louvor;
- As bolas vermelhas são orações de petição.
A estrela na ponta do pinheiro representa a Fé que deve guiar nossas vidas. Também se
costuma colocar adornos de diversas figuras na árvore de Natal. Estes adornos representam
as boas acções e sacrifícios, os “presentes” que daremos a Jesus no Natal.
Outro nome citado é o do Papa São
Gregório Magno (540-604), que impulsionou a cristianização das tribos
germânicas no início da época medieval, que tribos tinham o costume de adorarem
árvores e lhes oferecerem sacrifícios. Os missionários e monges aproveitaram
então a forma triangular do pinheiro para explicar aos bárbaros o mistério da
Santíssima Trindade.
Outra história: No longínquo ano de 615 d.C. o monge irlandês São Columbano foi a França para abrir mosteiros, mas a indiferença dos habitantes era tal que ele estava quase a desanimar.
Numa noite de Natal teve ele a ideia de cortar um pinheiro, única árvore verde nessa época do ano, e iluminá-lo com tochas. Toda a gente ficou intrigada. A aldeia correu em peso a ver a maravilha. Então o santo monge pregou o nascimento do Menino Jesus!
São muitas as cidades que disputam a autoria da encantadora árvore. Segundo muitos, ela nasceu na Alsácia, na cidade Sélestat, onde o Imperador Carlos Magno passou a Santa Noite do ano 775 d.C. Teria sido ele o inspirador da primeira Árvore de Natal. Posteriormente, os habitantes da cidade deram forma definitiva à Árvore de Natal católica. Porém, o documento mais antigo que há em Sélestat é de 1521 d.C., o que derruba a tese.
A cidade de Riga, na Letónia, diz ter sido a primeira em expor uma Árvore de Natal no ano do Senhor de 1510 d.C.
Outra história: No longínquo ano de 615 d.C. o monge irlandês São Columbano foi a França para abrir mosteiros, mas a indiferença dos habitantes era tal que ele estava quase a desanimar.
Numa noite de Natal teve ele a ideia de cortar um pinheiro, única árvore verde nessa época do ano, e iluminá-lo com tochas. Toda a gente ficou intrigada. A aldeia correu em peso a ver a maravilha. Então o santo monge pregou o nascimento do Menino Jesus!
São muitas as cidades que disputam a autoria da encantadora árvore. Segundo muitos, ela nasceu na Alsácia, na cidade Sélestat, onde o Imperador Carlos Magno passou a Santa Noite do ano 775 d.C. Teria sido ele o inspirador da primeira Árvore de Natal. Posteriormente, os habitantes da cidade deram forma definitiva à Árvore de Natal católica. Porém, o documento mais antigo que há em Sélestat é de 1521 d.C., o que derruba a tese.
A cidade de Riga, na Letónia, diz ter sido a primeira em expor uma Árvore de Natal no ano do Senhor de 1510 d.C.
É certo que no Século XVI a Árvore de Natal era montada no coro das igrejas da Alsácia representando a
árvore do Paraíso. Era ornamentada com maçãs para lembrar o fruto da
tentação dos primeiros pais. Mas tinha também representações de hóstias, que representavam os frutos da Redenção.
Também eram decoradas com anjos, estrelas de papel e outros motivos. Escolhendo a Árvore do Paraíso como símbolo das festividades do Natal, a Igreja Católica estabeleceu, por um lado, uma ponte entre o pecado de Adão e Eva e, por outro, a vinda de Jesus, o novo Adão que veio regenerar a humanidade nascendo do seio virginal da nova Eva, Nossa Senhora.
É um facto assente que o costume se generalizou em França quando a Princesa
Hélène de Mecklembourg (1814-1858) o trouxe para Paris em 1837, após o seu casamento com o Duque
d’Orléans.
Também eram decoradas com anjos, estrelas de papel e outros motivos. Escolhendo a Árvore do Paraíso como símbolo das festividades do Natal, a Igreja Católica estabeleceu, por um lado, uma ponte entre o pecado de Adão e Eva e, por outro, a vinda de Jesus, o novo Adão que veio regenerar a humanidade nascendo do seio virginal da nova Eva, Nossa Senhora.
Princesa Hélène de Mecklembourg com o seu filho ao colo (1839) |
Em 1841, encantado com o costume católico, o Príncipe consorte Alberto, esposo da Rainha Vitória de Inglaterra, ergueu uma Árvore de Natal no castelo de Windsor.
A partir da corte inglesa, então a mais influente no mundo, o católico costume propagou-se a todo o povo inglês, e dali para o mundo inteiro.
Outra versão diz também que esta
tradição começou em 1530, na Alemanha, com Martinho Lutero. Certa noite,
enquanto caminhava pela floresta, Lutero ficou impressionado com a beleza dos
pinheiros cobertos de neve. As estrelas do céu ajudaram a compor a imagem que
Lutero reproduziu com galhos de árvore na sua casa. Além de algodão
e outros enfeites, ele utilizou velas acesas para mostrar aos seus familiares a
bela cena que havia presenciado na floresta.
Existem outras versões, mas a moderna Árvore de Natal terá realmente surgido na Alemanha entre os Séculos XVI
e XVIII, não se sabendo exactamente em que cidade. Durante o Século XIX a
prática foi levada para outros países europeus e para os Estados Unidos. Apenas
no Século XX esta tradição chegou à América Latina.
Árvore de Natal em Lisboa. Cortesia da Câmara Municipal de Lisboa |
Curiosidades sobre o Natal:
- Só a partir de 1882 é que surgiram as primeiras iluminações de Natal, apenas três anos depois de Thomas Edison ter feito a primeira demonstração da luz eléctrica, em 1879. A ideia foi do seu assistente, Edward Johnson, que decorou uma árvore em Nova Iorque com 80 pequenas lâmpadas. Ainda demorou algum tempo até as iluminações de Natal ficassem acessíveis ao público em geral;
- Pensa-se que "White Christmas", escrita por Irving Berlin (1888-1989), compositor norte americano, seja o single mais vendido de sempre, com mais de 100 milhões de cópias em todo o mundo;
- De acordo com o Guiness Book, a Árvore de Natal natural mais alta do mundo tinha mais de 67 metros e foi colocada, em 1950, no Northgate Shopping Center, em Seattle, Washington;
- As primeiras Árvores de Natal artificiais foram feitas em Londres em 1886, quando foram usadas fitas de ráfia verde para a sua execução. Os alemães inspiraram-se e usaram penas de ganso tingidas para fazer as suas árvores. Só mais tarde é que uma empresa de escovas sanitárias usou a tecnologia para imitar os ramos do pinheiro e iniciou a produção das verdadeiras Árvores de Natal artificiais;
- Inicialmente, as primeiras Árvores de Natal eram decoradas com maçãs, nozes e tâmaras;
- A província canadiana da Nova Escócia é líder mundial na exportação de lagostas, amoras silvestres...e Árvores de Natal!;
- A música "Jingle Bells", escrita em 1857, foi a primeira a ser cantada no espaço. Foi em 16 de Dezembro de 1965, quando os astronautas norte-americanos Wally Schirra e Tom Stafford a entoaram, a bordo da nave Gemini 6;
- Há muitos anos atrás era tradição em Inglaterra servir uma cabeça de porco com mostarda, na Consoada;
- As cores tradicionais do Natal são o verde, o vermelho e o dourado. O verde representa a vida e o renascimento. O vermelho simboliza o sangue de Cristo e o dourado representa a luz, a riqueza e a realeza;
- Na Polónia, as aranhas e teias de aranha são comuns na árvore de Natal. Segundo uma lenda, uma aranha teceu uma manta para o Menino Jesus, pelo que este animal é encarado como um símbolo de bondade e prosperidade quando aparece no Natal;
- Os povos antigos, como os druídas, acreditavam que o visco era sagrado porque se mantinha verde e frutificava em pleno Inverno, enquanto todas as outras plantas murchavam. Cortavam a planta com foices de ouro e não a deixavam tocar no chão. Estavam convencidos que ela tinha o poder de curar a infertilidade, as doenças do sistema nervoso e de afastar o mal;
- Na tradição cristã, a Árvore de Natal simboliza Vida, Paz, Esperança e Alegria!
A todos os leitores e amigos envio os meus sinceros desejos de um Santo e Feliz Natal !!
Fonte:
Wikipédia, a enciclopédia livre.
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