Éire
Poblacht na hÉireann
Republic of Ireland
República da Irlanda
Éire
Poblacht na hÉireann
Republic of Ireland
República da Irlanda
Bandeira |
Brasão de Armas |
Localização:
Europa, Europa Setentrional, Europa Ocidental.
Origem / Pequeno resumo histórico:
Etimologia – A Irlanda tem sido conhecida por uma série de outros nomes, de todos
os que ainda são utilizados, por vezes, de forma oficiosa. Toda a ilha da
Irlanda foi, unilateralmente, proclamada uma república independente pelos rebeldes
em 1916, e denominada como República da Irlanda. O artigo 4º da Constituição Irlandesa,
que foi adoptada em 1937, declara que "o nome do estado é Éire, ou, no
idioma inglês, Ireland".
História - O
povoamento da Irlanda remonta a 8.000 a.C., mas só em 300 a.C. é que um povo se
estabelece de maneira decisiva: os Celtas, que exterminaram quase todos os habitantes originais e fundaram reinos. Por volta do início da Era Cristã, os Celtas encontravam-se divididos em cinco reinos, usualmente designados por os
Cinco Quintos: Ulster, Meath, Leinster, Munster e Connaught. que foram cristianizados por S. Patrick (São Patrício) no Século V.
Em 795 a Irlanda é invadida pelos Vikings Noruegueses, que permanecem na ilha até 1014, ano em que são derrotados pelo
principal rei irlandês, Brian Boru.
Libertados do
domínio norueguês, cada um dos reinos irlandeses tenta impor-se aos demais, ao
mesmo tempo que se começa a sentir a influência do Movimento da Reforma,
formando-se, consequentemente, dioceses dentro das fronteiras dos diferentes
reinos. Contudo, esta situação é alterada em 1171, quando o rei inglês Henrique
II, encorajado pelos papas Adriano IV e Alexandre III, invade a Irlanda,
auto-proclamando-se senhor de toda a ilha.
No início do Século
XVII a Inglaterra enviou protestantes ingleses e escoceses para se radicarem
no norte da Irlanda. Os irlandeses católicos revoltaram-se contra esses colonos
em 1641, mas os ingleses sufocaram as revoltas e também impuseram rígidas leis
contra o catolicismo. No final do Século XVII, a Inglaterra mantinha um rígido
controle sobre a ilha. Em 1801, o Acto da União integrou a Grã-Bretanha (Inglaterra,
Escócia e País de Gales) e a Irlanda, formando o Reino Unido.
Os irlandeses
reagiram fortemente contra o domínio britânico. A partir de 1919, o Exército
Republicano Irlandês (IRA, das iniciais do nome em inglês) passou a combater o
exército britânico, visando conseguir a independência.
Em 1921, a
Grã-Bretanha concordou em fazer da parte sul da ilha o Estado Livre da Irlanda.
No entanto, seis condados protestantes do norte permaneceram sob controlo
britânico directo. Em 1937, o Estado Livre da Irlanda passou a chamar-se Eire,
ou Irlanda. Embora mantivesse alguns laços com a Grã-Bretanha, a Irlanda adoptou
uma nova constituição.
Em 1948, a
Irlanda votou para se tornar uma república totalmente independente. A
Grã-Bretanha e a Irlanda disputaram o controle da Irlanda do Norte até 1973.
Nesse ano, o governo da Irlanda reconheceu o domínio britânico no norte. O IRA,
porém, já fora do governo irlandês, continuou a atacar os britânicos, na
esperança de unir toda a Irlanda.
Cultura:
Na cultura
irlandesa, destacam-se os escritores Jonathan Swift e Oscar Wilde, para além
dos quatro Nobel da Literatura: William Butler Yeats (em 1923), George Bernard
Shaw (em 1925), Samuel Beckett (em 1969) e Seamus Heaney (em 1995). Apenas um
irlandês ganhou o Nobel da Física, por Ernest Walton, em 1951. Para além
desses, também deram um grande contributo William Thompson, importante
naturalista, e William Rowan Hamilton, físico e matemático do Século
XIX.
Uma das mais frequentadas áreas de Dublin é o chamado Temple Bar (a antiga área onde é possível
encontrar pessoas de todo o mundo) ou em locais diversos como a moderna Thunder
Road Cafe. Na dança destaca-se o Riverdance. O primeiro médico com título
nobiliárquico, Sir Hans Sloane, foi um médico irlandês cujo hobby era a botânica
e cuja colecção é o núcleo do Museu Britânico.
O dia nacional da Irlanda é
a 17 de Março, a fim de homenagear o seu padroeiro, São Patrício, que
promoveu o Cristianismo na ilha. Diz-se que expulsou as cobras de todas as
partes do território (não existem cobras na Irlanda). A harpa, que aparece na crista da província de Leinster, e
o trevo de três folhas, também são identificados como símbolos da Irlanda. O
trevo de três folhas é um símbolo do país, porque é dito que São Patrício o
utilizou para explicar a Santíssima Trindade. A cor verde também é a cor mais
associada à Irlanda, e está presente na bandeira nacional, representando os
cristãos da Irlanda.
O verdadeiro
amor e amizade são selados com o Claddagh Ring (Anel de Claddagh). Este anel
místico tem a sua origem há 300 anos atrás numa antiga aldeia de pescadores em Claddagh,
nos arredores da cidade de Galway, na costa oeste da Irlanda. O anel é entregue
como um símbolo de amizade ou como anel de noivado.
Literatura – A
Irlanda é famosa pelo Book of Kells, também conhecido como o Grande Evangelho
de São Columba, que é um manuscrito ilustrado com motivos decorativos, feito
por monges celtas até ao ano 800. A principal peça do cristianismo irlandês e
da arte-saxónica irlandesa, é, apesar de estar inacabada, um dos mais
sumptuosos manuscritos iluminados que sobreviveram desde a Idade Média. Devido
à sua grande beleza e excelente acabamento técnico, este manuscrito é
considerado por muitos especialistas como um dos mais importantes vestígios da
arte religiosa medieval. Escrito em latim, o Livro de Kells contém quatro Evangelhos
do Novo Testamento.
A poesia irlandesa
representa a mais antiga poesia vernácula na Europa. Os primeiros exemplos
datam do Século VI, e são geralmente pequenas obras de poesia lírica, que
abordam questões de carácter religioso ou naturalista. Eram muitas vezes
compostas por escribas, à margem dos manuscritos iluminados, que eles próprios
copiaram.
Na Irlanda
nasceram escritores como Jonathan Swift, Brendan Behan, Douglas Hyde, Flann
O'Brien, Sheridan Le Fanu, Sean O'Casey, George Berkeley, James Joyce, George
Bernard Shaw, Richard Brinsley Sheridan, Oliver Goldsmith, Oscar Wilde, Bram
Stoker, W. B. Yeats, Samuel Beckett, Seamus Heaney, Herminie T. Kavanagh, Eoin
Colfer, C. S. Lewis e Marian Keyes, entre outros.
Cinema – Existem
várias figuras internacionais naturais da Irlanda e que têm triunfado em Hollywood:
Maureen O'Hara, Barry Fitzgerald, George Brent, Arthur Shields, Maureen
O'Sullivan, Richard Harris, Peter O'Toole, Pierce Brosnan, Gabriel Byrne, Brendan
Gleeson, Colm Meaney, Colin Farrell, Jamie Dornan, Brenda Fricker, Jonathan
Rhys Meyers, Stuart Townsend, Cillian Murphy, Liam Neeson e Evanna Lynch.
Outros nomes, como Neil Jordan e Jim Sheridan, também se notabilizaram no mundo
do cinema como directores de produção.
Vários filmes
foram filmados na Irlanda, tais como Braveheart, Excalibur, P.S. I Love You, O Rei Artur, Saving Private Ryan e
Ballykissangel. Também filmes relembram a história do país, como Michael
Collins baseado na vida do revolucionário irlandês.
Música - Os
irlandeses interessam-se muito pela música tradicional irlandesa, mas também
pela música do Século XX, interpretada por Christy Moore, Pat Ingolsbhy, Shane
MacGowan e Sinéad O'Connor. Destacam-se também o grupos, músicos e artistas U2, The
Cranberries, Snow Patrol, The Corrs, Bob Geldof, Gary Moore, Thin Lizzy, Horslips,
Rory Gallagher, Westlife, Chris de Burgh, Van Morrison, entre muitos outros.
De uma forma
mais tradicional, de referir a música interpretada por Enya, The Dubliners, Tara Blaise, The
Chieftains e Celtic Woman, entre outros, além de James Galway (flautista
clássico).
Símbolos da cultura irlandesa |
Gastronomia –
Exemplos de alguns pratos típicos da cozinha irlandesa são o guisado irlandês,
e também o toucinho com couve (cozidos juntos). O Boxty é um prato tradicional,
que consiste num pastel feito de batata. Em Dublin é muito popular o coddle,
que é feito com linguiça de porco cozida. A Irlanda é famosa pelo seu pequeno-almoço
irlandês, que é servido principalmente com carne de porco e pode incluir batata
frita.
Uma das bebidas
mais associadas á Irlanda é a cerveja Guinness, que é frequentemente servida em pub's,
mas também é popular a Smithwicks. Esta é uma tradição irlandesa, de se tomar sidra,
para além do Whiskey de malte e do café irlandês (Irish coffee). Desde 1974 que a Irlanda
produziu um dos mais famosos licores, o Bailey's Irish Cream, que consiste numa
mistura de natas com uísque irlandês, que alcoólicas atingem os 17% de volume.
Desporto – O futebol
é um dos desportos mais praticados e com o maior número de adeptos em toda a
Irlanda e tem o seu próprio campeonato nacional, o Irish Football League. A Selecção
Irlandesa de Futebol classificou-se por três vezes no Campeonato Mundial,
obtendo o seu melhor resultado em 1990, onde atingiu os
quartos-de-final.
Também tem um
monte de adeptos de críquete, destacando a presença da equipa nacional no Campeonato do Mundo de Críquete de 2007 onde passou a primeira fase, eliminando o Paquistão.
Outros desportos de alto perfil no país são o futebol gaélico, o hurling ou Camogie, que são parte integrante da Gaelic Athletic Association.
Outros desportos de alto perfil no país são o futebol gaélico, o hurling ou Camogie, que são parte integrante da Gaelic Athletic Association.
O rugby também é
um dos desportos favoritos em que a sua equipa nacional tem conseguido se
destacar em prestigiados torneios como o Torneio das Seis Nações. Também
notável foi Dave Finlay, famoso lutador da WWE, o antigo campeão mundial de snooker,
Ken Doherty, o primeiro campeão dos pesos pesados do boxe, John L. Sullivan,
também o campeão do mundo do boxe, Barry McGuigan e Steve Collins ou o primeiro
irlandês a vencer a Tour de France, Stephen Roche.
Além disso, é de
salientar a ex-equipa da Fórmula 1, Jordan Grand Prix, que ganhou várias
competições mundiais e a realização do Rally da Irlanda em 2007, que fazia
parte do World Rally Championship, com uma afluência de público de
aproximadamente 200.000 espectadores.
Principais recursos naturais:
Chumbo, zinco, petróleo, gás natural, carvão e prata.
Datas comemorativas:
Dia Nacional – 17 de Março - Dia de São Patrício, patrono da Irlanda.
Símbolos nacionais:
Bandeira nacional;
Brasão de armas;
Hino Nacional – Amhrán na bhFiann - ("A Canção do Soldado");
Insígnia do Irish Air Corps (Força Aérea Irlandesa).
Capital: Línguas
oficiais:
Dublin Irlandês, línguas
nativas celtas e inglês.
Moeda oficial: Tipo
de Governo:
Euro República
parlamentarista
Data de admissão como membro da ONU (Organização das Nações
Unidas):
14 de Dezembro de 1955.
Data de admissão como membro da União Europeia (EU):
1 de Janeiro de 1973.
Organizações / Relações internacionais:
- ONU - Organização das Nações Unidas;
- EU - União Europeia;
- AG - Grupo Austrália;
- AIE - Agência Internacional de Energia;
- APCE - Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa;
- COI - Comité Olímpico Internacional;
- GFN - Grupo de Fornecedores Nucleares;
- ICO - Organização Internacional do Café;
- IHO - Organização Hidrográfica Internacional;
- INTERPOL - Organização Internacional de Polícia Criminal;
- IPU - União Inter-Parlamentar;
- IRENA – Agência Internacional para as Energias Renováveis;
- MIGA - Agência Multilateral de Garantia de Investimentos;
- OCDE - Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico;
- OIM - Organização Internacional para as Migrações;
- OMC - Organização Mundial do Comércio;
- OPCW - Organização para a Proibição de Armas Químicas;
- OSCE - Organização para a Segurança e Cooperação na Europa;
- PCA - Tribunal Permanente de Arbitragem;
- PSIWMD - Iniciativa de Segurança contra a Proliferação de Armas de Destruição Maciça;
- RAMSAR - Convenção sobre as Zonas Húmidas de Importância Internacional;
- TEDH - Tribunal Europeu dos Direitos Humanos;
- TPI - Tribunal Penal Internacional;
- UIC - União Internacional dos Caminhos-de-Ferro;
- UME - União Monetária Europeia;
- UNIDROIT - Instituto Internacional para a Unificação do Direito Privado;
- UPM - União para o Mediterrâneo;
- WCO - Organização Mundial das Alfândegas;
- WIPO - Organização Mundial da Propriedade Intelectual.
Património Mundial (UNESCO):
- Brú na Bóinne - Conjunto Arqueológico do Vale do Boyne (1993);
Brú na Bóinne, Vale do Boyne (UNESCO) |
- Skellig Michael (1996).
Fonte:
Wikipedia, a enciclopédia livre.
Sem comentários:
Enviar um comentário