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02 dezembro 2016

Maurícias

République de Maurice
Republic of Mauritius
Republik Moris
República das Maurícias


Bandeira



Brasão de Armas

















A localização do conjunto das ilhas Maurícias no globo terrestre


A ilha principal, Maurícia, com a capital do país, Port Louis.



Localização:
África, África Oriental, África Austral.


Origem / Pequeno resumo histórico:
Etimologia - Local de visita de marinheiros que vieram da Arábia durante o século XV e nomeado em língua árabe como Diva Mashriq (المغنية المشرق), "ilha oriental", as Maurícias de hoje (da língua inglesa Mauritius e do francês Maurice) é visível nos mapas da época. Um século depois, troca-se o nome pelo de Cirne, recebido dos portugueses, pelos quais foi encontrada deserta e não tiveram o desejo de ocupação, e depois pelo de Mascarenhas, que descobriu a vizinha ilha de Reunião.
Os holandeses, que chegaram em 1580, deram-lhe o nome de Maurício, deferindo-se aos tathouder Maurício de Nassau. Em 1715 os Países Baixos entregaram a ilha para ser dominada pela Companhia Francesa das Índias Orientais, quando a colónia começou a ser chamada de «Île de France».
Em 1814, quando a ilha passou a ser administrada pelo Reino Unido, foi retomado o nome Maurícia, conservado até hoje. Em português europeu, o uso e as fontes lexicográficas têm, no entanto, privilegiado a forma Maurícia, a par de Ilhas Maurícias.

Escravos trabalhando na cana do açúcar na ilha de Reunião, nos finais do Século XIX.


História - A ilha foi descoberta por portugueses em 1505. Foi primeiro colonizada pelos holandeses, em 1638, e recebeu o seu nome em honra ao príncipe Maurício de Nassau.
A independência aconteceu em 1968, mas as Maurícias mantiveram como chefe de Estado o monarca do Reino Unido. Apenas se tornou uma república em 1992, sendo membro da Commonwealth. As ilhas possuem um governo democrático estável com eleições livres e regulares e direitos humanos positivos. Consequentemente, atraiu grande investimento estrangeiro, ganhando assim a maior renda per capita de África.




Cultura:
A cultura das ilhas Maurícias envolve uma mistura de diversas culturas através da história da ilha, incluindo influências indianas, europeias e africanas.

Culinária - A culinária nacional é a mistura de influências da cozinha Criola, Chinesa, Francesa e Indiana. É comum a combinação destas culinárias para a elaboração de um prato.
Maurícias tem fortes laços culturais com a França. A popularidade dos pratos franceses como o daube, civet de lièvre ou coq au vin, servidos com vinho, mostram a prevalência da Culinária de França nas Maurícias na actualidade. Com o passar dos anos algumas receitas foram sendo adaptadas, com a junção de ingredientes mais exóticos, nativos da ilha, conferindo em muitos casos um sabor único.
A produção de rum é comum na ilha. A cana de açúcar foi inicialmente introduzida pela colonização holandesa no ano de 1638.

Música – A sega, mistura de ritmos africanos e europeus, normalmente cantada em crioulo, é uma criação local e um importante produto turístico.

LínguasSendo ao mesmo tempo um país de língua Inglesa e de língua francesa, Maurícias é membro da Comunidade das Nações e da Francofonia.
A constituição das ilhas Maurícias não faz referência a uma língua oficial. No Parlamento nacional a língua oficial é o inglês; qualquer membro da Assembleia Nacional também pode usar o francês. O inglês é particularmente cultivado pela população de origem indiana e o francês é usado principalmente pelos meios de comunicação social e na área literária.
O inglês e o francês são geralmente aceites como as línguas oficiais das Maurícias e como línguas de trabalho na administração do governo, tribunais, e de negócios. A constituição das Maurícias é escrita em inglês, enquanto algumas leis, como o Código Civil, são em francês.
O português tem sido promovido e já é ensinado em algumas instituições com a finalidade de cumprir as condições para o país alcançar uma das suas metas, que é ser membro da CPLP - Comunidade de Países de Língua Portuguesa.



Principais recursos naturais:
Recursos baseados na agricultura: Chá, tabaco, flores ornamentais e, principalmente, cana de açúcar.


Datas comemorativas:
Abolição da escravatura – 1 de Fevereiro - Celebra a data da abolição da escravatura, em 1835;



Dia Nacional – 12 de Março – Celebra a data da independência como país em 1968 e como República, em 1992.



Símbolos nacionais:
Bandeira nacional;
Brasão de Armas;
Hino NacionalMotherland - (Terra-mãe);
Insígnia das aeronaves da Maurícia;
Dodo – (Raphus cucollatus) – Ave não voadora, endémica da ilha Maurícia. Tinha cerca de um metro de altura e podia pesar entre 10 e 18 Kg. A primeira referência a esta ave foi através de marinheiros holandeses em 1598. Foi considerado extinta em 1681, depois de ter sido caçada por marinheiros famintos, pastores, animais domésticos e espécies invasoras introduzidas na ilha. Foi também muito exportada para a Europa. Além de estar representada no Brasão de Armas, é frequente o seu uso como mascote das ilhas Maurícias.

Insígnia das aeronaves das Maurícias


Dodo - Modelo em gesso e cera feito por taxidermistas do
Museu de História Natural de Paris, meados do Século XIX.


Lema:
Stella Clavisque Maris Indici (Latim: "Estrela e chave do Oceano Índico")


Capital:                                                          
Port Louis

Imagem nocturna de Port Louis, capital das Maurícias


Línguas oficiais:
Nenhuma foi oficializada. As mais usadas são o Francês, Inglês e Crioulo das Maurícias.


Moeda oficial:                                                    Tipo de Governo:
Rupia da Maurícia (MUR)                                República parlamentarista


Vista parcial de Port Louis


Data de admissão como membro da ONU (Organização das Nações Unidas):
24 de Abril de 1968


Organizações / Relações internacionais:
  • ONU – Organização das Nações Unidas;
  • ANWFZ – Tratado Africano para a Formação de uma Zona Livre de Armas Nucleares;
  • AOSIS – Aliança dos Pequenos Estados Insulares;
  • BAFD – Banco Africano de Desenvolvimento;
  • BIRD – Banco Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento;
  • COI – Comité Olímpico Internacional;
  • COMESA – Mercado Comum da África Oriental e Austral;
  • Commonwealth of Nations – Comunidade de Nações;
  • Grupo dos 77 – Nações em desenvolvimento;
  • CPLP – Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (observador associado desde 2006);
  • ICDO – Organização Internacional de Protecção Civil (membro observador);
  • INTERPOL – Organização Internacional de Polícia Criminal;
  • IPU – União Inter-Parlamentar;
  • IRENA – Agência Internacional para as Energias Renováveis;
  • IUCN – União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais;
  • MIGA – Agência Multilateral de Garantia de Investimentos;
  • MNA – Movimento dos Países Não-Alinhados;
  • OIF – Organização Internacional da Francofonia;
  • OIM – Organização Internacional para as Migrações;
  • OMC – Organização Mundial do Comércio;
  • PCA – Tribunal Permanente de Arbitragem;
  • RAMSAR – Convenção sobre as Zonas Húmidas de Importância Internacional;
  • SADC – Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral;
  • TPI – Tribunal Penal Internacional;
  • UA – União Africana;
  • WCO – Organização Mundial das Alfândegas;
  • WIPO – Organização Mundial da Propriedade Intelectual.


Património Mundial (UNESCO):

  • Aapravasi Ghat (2006) – O Aapravasi Ghat em Port Louis, na ilha Maurícia, é um complexo de edifícios que contêm escassos indícios das primeiras facilidades da ilha para receber trabalhadores da Índia. Actualmente, os descendentes daqueles imigrantes constituem 68% da população das Maurícias. Depois da abolição da escravatura, o Império Britânico executou um plano para substituir os escravos africanos por trabalhadores escravos por dívida, de outros países, principalmente da Índia. As Maurícias foram o primeiro território onde o plano foi executado. Uma grande parte da população da ilha chegou através deste plano. Do complexo, fundado em 1849, apenas cerca de 15 % sobreviveu, incluindo a porta, o hospital e algumas ruínas.

Ruínas de Aapravasi Ghat representando as latrinas para os escravos (UNESCO)



  • Paisagem cultural de Le Morne (2008) - O sítio, uma rugosa montanha aos pés do Oceano Índico, no sudoeste da ilha Maurícia, foi usado como abrigo por escravos foragidos, nos Séculos XVIII e XIX. Protegidos pelos isolados e praticamente inacessíveis precipícios da montanha, os escravos foragidos formaram pequenas povoações nas grutas e no cume do monte Le Morne. As tradições orais associadas aos povo dos quilombolas transformaram Le Morne num símbolo da luta dos escravos pela liberdade, do seu sofrimento, do seu sacrifício, que tinham relevância para os países de onde os escravos vieram - África Continental, Madagáscar, Índia e Sudeste Asiático. A ilha Maurícia, uma importante paragem no antigo comércio de escravos, ganhou a alcunha da "Terra dos Quilombolas", devido ao grande número de escravos foragidos que viveram em Le Morne.

Vista aérea da Península de Le Morne, com o monte que tem o mesmo nome (UNESCO)


Património Cultural e Imaterial da Humanidade (UNESCO):

  • O Segá típico das Maurícias (2014) – O Segá é a música tradicional das ilhas Mascarenhas (ilha de Reunião e ilha Maurícia) e tem a sua origem nos escravos vindos de diversos países, trazidos pelos colonizadores europeus. Pode considerar-se que o Segá é uma evolução da música tradicional das ilhas Maurícias e da ilha de Reunião com músicas de baile europeias, como a Polca e a Quadrilha. Nas suas formas mais modernas foi combinada com outros géneros, como o Jazz e o Reggae.

Uma dançarina de Segá na ilha Maurício (UNESCO)


Património Documental inscrito no Registo da Memória do Mundo (UNESCO):

  • Arquivos sobre a ocupação francesa das ilhas Maurícias (1993);
  • Arquivos do inventário das Maurícias, Departamento dos Arquivos Nacionais, Biblioteca Nacional e Instituto Mahatma Gandhi, na ilha Maurícia (2015).


Rede Mundial de Reservas da Biosfera (UNESCO):

  • Parque Nacional Gargantas do Rio Negro, da Reserva da Biosfera Macchabee / Bel Ombre (1977) - Esta reserva da biosfera é importante para a conservação dos últimos remanescentes da vegetação endémica das ilhas, a floresta tropical perene. Cerca de 25% da flora e fauna das Maurícias é endémica da ilha mas, com a invasão de espécies exóticas, a natureza indígena está em alto risco. Como parte do Parque Nacional das Gargantas do Rio Negro, a reserva da biosfera promove a conservação local através da intervenção humana (por exemplo, remoção de espécies exóticas, captura de macacos introduzidos) e conservação no exterior do Parque, como a introdução de plantas noutros locais e a reprodução de aves em cativeiro.



Vista do Parque Nacional Gargantas do Rio Negro (UNESCO)


Fonte:
Wikipedia, a enciclopédia livre

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