المملكة المغربية
al-Mamlakah al-Maġribiyya
Tageldit n Umerruk
Royaume du Maroc
Reino de Marrocos
Localização:
África, Norte de África
Magrebe árabe (parte mais ocidental do mundo árabe).
Magrebe árabe (parte mais ocidental do mundo árabe).
Origem / Pequeno
resumo histórico:
Etimologia – O
nome completo do país em árabe pode traduzir-se como “Reino Ocidental de
Al-Magrib, o que significa "oeste", nome usado com frequência. O termo “Marrocos” tem origem no nome da antiga capital imperial, Marraquexe, a partir da
expressão berbere que significa “Terra de Deus”.
Rei Mohammed VI de Marrocos, desde 1999. |
História –
Marrocos é um país do Norte da África cujo nome é derivado de Marraquexe (cidade
imperial e capital de 1062 a 1269, e depois de 1524 a 1659). Habitado desde a Pré-história
por populações berberes, Marrocos passou por vários povoamentos, nomeadamente de fenícios, cartagineses,
romanos, vândalos e bizantinos antes de ser islamizado pelos árabes. Foi no ano de 788 que Idris I, fugindo às perseguições do Califado Abássida, e exilado nesta
região, deu origem ao nascimento de um estado no Maghreb el-Aqça ("Magrebe
extremo" ou "extremo poente").
A fundação de
Marrocos, país que se considera árabe, berbere, africano e muçulmano, faz-se com
os Idríssidas, que ganharam para a sua causa várias tribos que controlavam
pequenos reinos e territórios independentes do governo central. À medida que
as alianças se desenvolviam, os Idríssidas estenderam a sua influência territorial
aos povos indígenas, estabelecendo as bases para a organização de um Estado,
recuperado pelas dinastias seguintes. Se os Idríssidas vão começar a desenhar
as bases do estado e das fronteiras de Marrocos, serão os Almorávidas que, ao
criarem a sua capital, Marraquexe, darão o nome ao país.
Em 1415,
Portugal vira os olhos para a África e empreende a conquista de Ceuta. No Século XVI a maior parte do litoral marroquino estava nas mãos de
portugueses e espanhóis. Ceuta continuaria sob a soberania espanhola até aos dias de hoje.
Em 1472 os
sultões de Fez perderam todos os seus territórios estratégicos e já não têm o
controle do Estreito de Gibraltar. Em 471 os Portugueses apoderam-se de Tânger que, mais tarde, em 1661, cedem a Inglaterra, como dote da
Rainha Catarina de Bragança e de seu marido, o Rei Carlos II de Inglaterra.
Cisterna manuelina construída pelos portugueses em El Jadida (Mazagão), em 1514. |
Durante o
governo português (1471-1661), Tânger é a capital do Algarve, em África, porque
existiam dois Algarves; o da Europa e o de África. Os dois Algarves eram considerados territórios da Dinastia de Avis e, mais tarde, da Dinastia de
Bragança (o Rei de Portugal também detinha o título de Rei dos Algarves). Sob os
reinados sucessivos de D. Afonso V, D. João II e D. Manuel I (período que marca o apogeu
da expansão portuguesa) o Algarve africano abrange quase toda a costa atlântica
de Marrocos, com a excepção de Rabat e Salé. Os portugueses controlam a parte
costeira que se estende desde Ceuta até Agadir (Fortaleza de Santa Cruz do Cabo
de Gué), tendo como marcos as praças-fortes de Alcácer-Ceguer, Tânger, Arzila, Azamor,
Mazagão, Safim e Castelo Real de Mogador. Estas possessões formam as fronteiras,
sendo usadas como paragens na rota das naus portuguesas para o Brasil e para o Estado Português da Índia.
A maioria das possessões portuguesas em Marrocos são conquistadas pelos Saadianos em 1541. A última fronteira é a de Mazagão, recuperada pelos marroquinos em 1769. Os espanhóis dominavam grande parte da costa do Mediterrâneo, com os presídios de Melilla e o Ilhote de Vélez de la Gomera, assim como a região de Tarfaya em frente às ilhas Canárias. Também conservaram o controlo de Ceuta, após a Restauração da Independência de Portugal, em 1640. Os Wattássidas enfraquecidos, finalmente, cedem o poder a uma dinastia que reivindicava uma origem árabe Xerifiana, os Saadianos, em 1554.
A maioria das possessões portuguesas em Marrocos são conquistadas pelos Saadianos em 1541. A última fronteira é a de Mazagão, recuperada pelos marroquinos em 1769. Os espanhóis dominavam grande parte da costa do Mediterrâneo, com os presídios de Melilla e o Ilhote de Vélez de la Gomera, assim como a região de Tarfaya em frente às ilhas Canárias. Também conservaram o controlo de Ceuta, após a Restauração da Independência de Portugal, em 1640. Os Wattássidas enfraquecidos, finalmente, cedem o poder a uma dinastia que reivindicava uma origem árabe Xerifiana, os Saadianos, em 1554.
Cultura:
Azulejaria - Os mouros foram
responsáveis por um dos maiores tesouros do Marrocos: o zellige. É uma espécie
de azulejo, um ladrilho com padrões geométricos que surgiu no Século X, tornando-se um ícone da arquitectura marroquina. O uso de formas geométricas foi a
forma encontrada pelos artistas islâmicos para evitar a representação de seres
vivos, proibida pela religião. Os elementos da escrita cúfica também são usados
como ornamentos.
Artesanato - A cultura
marroquina é também transposta para outros tipos de artesanato: Dentro dos mercados e souks,
os artesãos podem estar a trabalhar mesmo à frente das pessoas: o couro, os metais, a
joalharia, podendo mesmo ir assistir ao tratamento dos curtumes.
A negociação - Faz parte da cultura marroquina negociar. O que quer que queira comprar, deve-se sempre negociar. Sempre muito simpáticos, os comerciantes marroquinos começam a negociação sempre com valores elevados para manter a conversa. Vá apontando para um valor baixo e diga sempre que é muito caro o que oferecem. Claro que se tem de ser correcto na negociação, procurando não insistir num valor ridículo por uma peça que sabe que vale mais. É de bom negociante tentar chegar a um meio termo.
A negociação - Faz parte da cultura marroquina negociar. O que quer que queira comprar, deve-se sempre negociar. Sempre muito simpáticos, os comerciantes marroquinos começam a negociação sempre com valores elevados para manter a conversa. Vá apontando para um valor baixo e diga sempre que é muito caro o que oferecem. Claro que se tem de ser correcto na negociação, procurando não insistir num valor ridículo por uma peça que sabe que vale mais. É de bom negociante tentar chegar a um meio termo.
Mercado de especiarias em Marraquexe |
Gastronomia: A cozinha marroquina
é rica em sabores, aromas e cores. Alguns dos pratos mais tradicionais são os
cuscos, que podem ser combinados com carne ou vegetais; a pastilha, uma tarte
com pombo picado, salsa, ovo cozido, amêndoas, mel e polvilhada com canela e
açúcar; a Harira, com uma base de lentilhas e grão-de-bico e a Tagine, um
guisado de carne, frango ou peixe, acompanhado com vegetais e frutas, sendo tradicionalmente cozinhado num prato de barro, que lhe dá o nome.
Alguns doces, como panquecas com mel e sementes de sésamo, bolos de amêndoa ou passas, são acompanhados pelo famoso chá de menta.
O tradicional prato marroquino cuscos. |
O tradicional chá de menta |
Alguns doces, como panquecas com mel e sementes de sésamo, bolos de amêndoa ou passas, são acompanhados pelo famoso chá de menta.
Os marroquinos têm por tradição beber chá com hortelã (atāy ou thé à la menthe; chá verde com hortelã-verde
e açúcar) antes e depois da refeição. Agradecem a Deus dizendo “bismillah”. Comem primeiro de um prato comunitário, com a mão direita, o polegar
e os dois primeiros dedos. No fim das refeições, agradecem novamente dizendo “all
hamdu Lillah”, que quer dizer: "Graças a Deus", repetindo o ritual de
lavar as mãos.
Principais recursos naturais:
Fosfato, fósforo, carvão, ferro, petróleo, manganés, chumbo, zinco, peixe e sal.
Baía de Agadir. O porto desta cidade é o maior centro mundial de distribuição de sardinha. |
Datas comemorativas:
Apresentação do Manifesto da Independência – 11 de Janeiro – Celebra a data da apresentação do Manifesto, em 1944;
Festa do Trono – 30 de Julho – Dia Nacional e o mais importante feriado civil. É celebrado em todo o Reino com muitas actividades e várias festas. Comemora a coroação do Rei, em 1999;
Aniversário do Rei – 21 de Agosto – Celebra o aniversário do actual Rei Mohammed VI, nascido em 1963.
Aniversário da Marcha Verde – 6 de Novembro – Celebra a invasão marroquina do Sahara espanhol, em 1975;
Dia da Independência – 18 de Novembro – Celebra o regresso do exílio forçado em Madagascar, pelos franceses, do Rei Mohamed V, em 1956.
Símbolos nacionais:
Bandeira nacional;
Brasão de Armas;
Hino Nacional – Hymne Chérifien (Hino Cherifiano) – (النشيد الشريف Al-nashid al-sharif)
Insígnia da Real Força Aérea de Marrocos;
Argania spinosa (UNESCO);
Argania spinosa (UNESCO);
Leão do Atlas - Também conhecido como leão-berbere, foi uma sub-espécie de leão existente na Cordilheira do Atlas e que foi considerado extinto na natureza no Século XX.
Lema:
Allāh,
al-Watan, al-Malik
(Árabe:
«Deus, Pátria, Rei»)
(Berbere:
«Yakuc, Tamurt, Agellid»)
Capital: Línguas
oficiais:
Rabat Árabe
e Línguas Berberes
Reconhecida como língua nacional:
Francês - O árabe e o amazighe (berbere)
são as duas únicas línguas mencionadas na constituição como "oficiais do
Estado", mas o francês é amplamente utilizado em textos oficiais do
Governo e pela comunidade empresarial.
Moeda oficial: Tipo
de Governo:
Dirham marroquino (MAD) Monarquia
constitucional
Data de admissão como membro da ONU (Organização das Nações
Unidas):
12 de Novembro de 1956
Organizações / Relações internacionais:
- ONU – Organização das Nações Unidas;
- AP – Aliança do Pacífico (observador);
- BAFD – Banco Africano de Desenvolvimento;
- BIRD – Banco Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento;
- CD – Comunidade das Democracias;
- CEN-SAD – Comunidade dos Estados Sahelo-Saharianos;
- COI – Comité Olímpico Internacional;
- FMA – Fundo Monetário Árabe;
- Grupo dos 77 – Nações em desenvolvimento;
- ICDO – Organização Internacional de Protecção Civil;
- INTERPOL – Organização Internacional de Polícia Criminal;
- IPU – União Inter-Parlamentar;
- IRU – União Internacional de Transportes Rodoviários;
- IUCN – União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais;
- LEA – Liga dos Estados Árabes;
- MIGA – Agência Multilateral de Garantia de Investimentos;
- MNA – Movimento dos Países Não-Alinhados;
- OCI – Organização para a Cooperação Islâmica;
- OIF – Organização Internacional da Francofonia;
- OIM – Organização Internacional para as Migrações;
- OIV – Organização Internacional da Vinha e do Vinho;
- OMC – Organização Mundial do Comércio;
- OPCW – Organização para a Proibição de Armas Químicas;
- PCA – Tribunal Permanente de Arbitragem;
- PEV – Política Europeia de Vizinhança;
- PSIWMD – Iniciativa de Segurança contra a Proliferação de Armas de Destruição Maciça;
- RAMSAR – Convenção sobre as Zonas Húmidas de Importância Internacional;
- WNBR – Rede Mundial de Reservas da Biosfera da Unesco;
- UIC – União Internacional dos Caminhos-de-Ferro;
- UMA – União do Magrebe Árabe;
- UPM – União para o Mediterrâneo;
- WCO – Organização Mundial das Alfândegas;
- WIPO – Organização Mundial da Propriedade Intelectual.
Património
Mundial (UNESCO):
Almedina de Fez – (1981) – Fundada no Século IX e local da mais antiga universidade do mundo,
Fez atingiu o seu apogeu nos Séculos XIII e XIV, sobre o controlo dos
Merínidas, quando substituiu Marraquexe como capital do reino. O planeamento
urbano e a maior parte dos monumentos — madraçais, fondouks, palácios,
residências, mesquitas e fontes — datam desse período. Embora a capital
política de Marrocos se tenha transferido para Rabat em 1912, Fez permanece a
sua capital cultural e espiritual.
Embora seja
frequentemente referida como "Almedina de Fez", Fez tem duas
almedinas: Fès El Bali e Fès Jdid. A Almedina de Fez é a parte mais antiga e muralhada da cidade, tendo sido fundada por Idris II em 809.
Almedina de
Marraquexe – (1981, 1985) – Fundada em 1070/72 pelos Almorávidas, Marraquexe
permaneceu um importante centro cultural, económico e político por um grande
período de tempo. A sua influência espalhou-se por todo o mundo islâmico, desde
o Norte de África a Andaluzia. Possui vários monumentos impressionantes datando
desse período: a Mesquita de Koutoubia, o Kasbah, jardins, portas monumentais,
etc. Mais tarde surgiram monumentos mais impressionantes: o madraçal de Ben
Youssef, o Palácio de Bahia, os Túmulos Saadi, várias residências monumentais e
a Praça Jemaa El Fna.
Mesquita de Kutubia, em Marraquexe (UNESCO) |
Ksar de
Aït-Ben-Haddou – (1987) – É uma cidade fortificada, ou ksar (alcácer), na região
de Souss-Massa-Drâa, Marrocos, na antiga rota de caravanas entre o Saara e Marrakech.
Situa-se numa colina do sopé do Alto Atlas, à beira do Rio Ounila, afluente do Rio Ouarzazate que, por sua vez, é afluente do Rio Drá. A cidade é constituída por um grupo de
várias pequenas fortalezas, ou casbás (kasbahs), chegando a ter dez metros de
altura cada uma. A maioria dos habitantes da cidade vive agora numa aldeia mais
moderna, no outro lado do rio; no entanto, oito famílias ainda vivem no ksar.
Ali foram
filmados vários filmes famosos, incluindo Lawrence da Arábia (1962), Jesus de
Nazaré (1977), A Jóia do Nilo (1985), A Última Tentação de Cristo (1988), A
Múmia (1999), O Gladiador (2000), Alexandre Magno (2004), Sahara (2005) e
Príncipe da Pérsia (2010), entre outros.
O ksar foi
fundado no ano de 757, começando apenas como a casa de uma família. No entanto a
povoação foi crescendo até à dimensão actual. O túmulo do seu fundador,
Ben-Haddou, encontra-se na base da colina, por trás da povoação.
Cidade Histórica
de Meknès – (1996) – É uma cidade do centro-norte de Marrocos, fundada para
fins militares no Século XI pelos Almorávidas.
É uma das
maiores cidades do país e uma das mais importantes a nível histórico, sendo uma
das chamadas "Cidades Imperiais", juntamente com Fez, Marraquexe e Rabat,
por ter sido a capital durante o reinado do proeminente sultão alauita Moulay
Ismail, entre 1672 e 1727. A cidade está rodeada por uma cintura tripla de
muralhas que abriga o palácio do sultão e uma cidadela do Califado Almóada. Ao
norte, encontram-se as ruínas romanas de Volubilis e a cidade santa de Moulay-Idriss,
fundada em 788.
Almedina de
Tetuão – (1997) – Antiga Titawin. A Almedina de Tetuão é o centro histórico
islâmico da cidade de Tetuão, Marrocos. É muito característica e tradicional.
As casas da almedina são quase todas baixas e brancas. Em toda a almedina
existem artesãos, como tecelões, joalheiros, curtidores de peles, etc. Existem também
muitos vendedores de rua, que vendem tapetes a turistas.
Tétouan (Tetuão) teve
muita importância no período islâmico, pois serviu como principal ponto de
contacto entre Marrocos e o Al-Andalus. Depois da Reconquista, a cidade foi
reconstruída por refugiados andaluzes que haviam sido expulsos pelos espanhóis.
Isto é bem demonstrado pela sua arquitectura, que revela influência andaluza.
Embora seja uma das mais pequenas almedinas marroquinas, Tetuão apresenta-se como a mais
completa, mantendo-se praticamente intocável ao longo do tempo.
Sítio
arqueológico e cidade romana de Volubilis – (1997) – Volubilis (em árabe: وليلي; transl.: Oualili
ou Walila) foi uma cidade romana, cujas ruínas constituem actualmente um dos principais destinos turísticos arqueológicos, situado no norte de Marrocos, nos arredores
da cidade santa de Moulay Idriss, a norte de Meknès.
Almedina de
Essaouira (antiga Mogador) – (2001) – Al-Suwayra, "a bem desenhada"; Amogdul ou Mugadur)
antigamente chamada Mogador, é uma cidade da costa sudoeste de Marrocos,
capital da província homónima, que faz parte da região de Marrakech-Tensift-Al
Haouz. A cidade é considerada por muitos como a estância de praia mais agradável de
Marrocos, pelos seus extensos areais, dunas e pelo centro histórico. É uma mistura de cidade
do Século XVIII com um povoado medieval, cercado de muralhas que, por sua vez, estão rodeadas de canteiros de flores e pelo Oceano Atlântico. É conhecida
pelos amantes do windsurf pelos seus ventos, o que está na origem da epíteto
turístico "Wind City, Afrika".
Cidadela Portuguesa de Mazagão – (2004) – Mazagão foi, entre o início do Século XV e
meados do Século XVIII, uma possessão portuguesa em Marrocos, tendo dado origem à actual cidade de El Jadida, situada 90 km a sudoeste de Casablanca.
Os monumentos
portugueses que chegaram até aos nossos dias são a cisterna manuelina, a antiga
fortificação com suas muralhas e baluartes — exemplo precoce da arquitectura
militar portuguesa do Renascimento — e a Igreja de Nossa Senhora da Assunção,
em estilo manuelino. Esse conjunto oferece um exemplo excepcional das
influências recíprocas entre a cultura europeia e a marroquina. Em 1769 a
ocupação de Mazagão, então a última das fortificações portuguesas em Marrocos,
chegou ao fim, após a assinatura de um Tratado de Paz com o sultão Maomé III de
Marrocos (r. 1757–1790). O Marquês de Pombal, ministro do Rei D. José I de Portugal,
decidiu que a população de Mazagão seria transferida para a Amazónia, no Brasil,
outra região sob controle português que necessitava da garantia de soberania.
Desse modo, foi fundada a vila de Nova Mazagão (actualmente apenas Mazagão, no
actual estado brasileiro do Amapá).
Rabat, Capital
moderna e Cidade histórica, um Património Partilhado – (2012)
Rabat: Mausoléu de Mohamed V (UNESCO) |
Torre Hassan, em Rabat (UNESCO). Minarete construído no Séc. XII. |
Património
Cultural e Imaterial da Humanidade (UNESCO):
A Moussem (festividades) de
Tan-Tan – ( 2008 ) – Moussem (ou mussem; em árabe: الموسم;), ou waada, na Argélia, é o termo usado no Magrebe, principalmente em Marrocos e no oeste argelino,
para designar uma festa regional anual, em que geralmente se junta a celebração
religiosa de um marabuto (santo) adorado localmente, e actividades festivas e
comerciais. São eventos muito concorridos, aonde ocorrem pessoas de
locais muito distantes. O Moussem de Tan-Tan tem lugar entre Maio e Junho de
cada ano, sendo um encontro anual de povos nómadas do Sahara, agrupando mais de 30 tribos do sul de Marrocos e de outros locais do noroeste de África.
O Moussem é um
acontecimento económico, cultural e social. Originalmente uma manifestação espontânea, tomou forma organizada em 1963.
Ali se reúnem mais de trinta tribos nómadas do noroeste de África para
convívio, comprar, vender e trocar todo o tipo de artigos, competições de
criação de camelos e cavalos, celebrar casamentos, consultar especialistas em ervas e plantas,
cantar, declamar poesia, e participar em outras tradições orais e jogos.
Espaço Cultural
da Praça de Jemaa el-Fna – (2008) – Jemaa el-Fna ou Djemaa el Fna é a principal
e mais célebre praça da cidade de Marraquexe. O nome pode ser
traduzido como “Assembleia dos Mortos”, pois no passado a praça era o local
onde eram executados criminosos, cujas cabeças ficavam expostas para servir de
exemplo. No entanto, como a palavra djemaa também significa mesquita, o nome do
local pode ser traduzido como "lugar da mesquita desaparecida", como
referência a uma mesquita almorávida destruída.
A praça é a mais
movimentada de Marraquexe, com vários espectáculos como saltimbancos, acrobatas,
encantadores de serpentes, faquires, engolidores de espadas, curandeiros, músicos,
dançarinos, contadores de histórias, etc. À noite, as barracas de comida típica
dominam a praça, juntamente com centenas de turistas e locais.
Jamaa el Fna é um símbolo da cidade de Marraquexe desde a sua fundação, no Século
XI. A Praça é o local de representação para diversos artistas, entre os quais
músicos, dançarinos, comedores de vidro, encantadores de serpentes, contadores
de histórias típicos marroquinos, e também local de outras actividades como restaurantes,
tatuadores com henna, médicos tradicionais e pregadores.
Dieta
Mediterrânica – (2010/2013) – Partilhado com mais seis países. A Dieta
Mediterrânica é uma recomendação nutricional moderna inspirada originalmente
nos padrões de dieta da Grécia, do Sul de Itália, da Espanha e Portugal. Os
principais aspectos desta dieta consiste no consumo elevado e em proporção de azeite,
legumes, cereais não refinados, frutas e vegetais, o consumo moderado a elevado
de peixe, consumo moderado de lacticínios (queijo e iogurte na sua maior
parte), consumo moderado de vinho, e baixo consumo de carnes e seus derivados.
A Falcoaria, uma herança e um
património humano vivo – (2011/2012) – Partilhado com mais doze países.
Festa das
Cerejas de Sefrú – (2012) – Anualmente, durante o mês de Junho, os moradores da cidade de Sefrú celebram durante três dias a beleza natural e a riqueza cultural da região, simbolizada pela cereja e pela eleição da nova Rainha das Cerejas, eleita depois de um concurso que atrai numerosas candidatas da região e de todo o país.
Bandeira da Província de Sefrú |
Conhecimentos,
técnicas e práticas veiculadas à Argania (Argania Spinosa) – ( 2014 ) – Argania
spinosa (sinónimo "A. sideroxylon Roem & Schult") é uma espécie de planta endémica
dos desertos calcários do sudoeste de Marrocos, na região histórica do Souss. É
a única espécie do género Argania (em português designado como
"argão", "argânia", argan ou " argã"), sendo
muito apreciado o seu óleo, que é extraído do fruto, que tem uso medicinal, cosmético e culinário.
Folhagem e fruto da árvore de Argão (Argania Spinosa) (UNESCO) |
Rede Mundial de Reservas da Biosfera da UNESCO:
Argania spinosa – (1998) – Planta endémica dos desertos calcários do Sudoeste de Marrocos, conhecida usualmente por Árvore de Argão. É a única espécie do género "Argania". Do seu fruto é extraído o óleo de Argão, muito apreciado a nível culinário, cosmético e medicinal;
Oásis do Sul de Marrocos – (2000);
Reserva da Biosfera Intercontinental do Mediterrâneo – (2006) - Partilhado com Espanha;
Cedro do Atlas – (2016) – É uma espécie de cedro nativa das montanhas do Atlas da Argélia (Atlas do Tell) e de Marrocos (Rife, Médio Atlas e alguns locais do Alto Atlas). A maioria das fontes modernas consideram-na uma uma espécie distinta.
Cedro do Atlas (UNESCO) |
Pinha do cedro do Atlas |
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