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30 março 2016

Luxemburgo

Grand-Duché de Luxembourg
Großherzogtum Luxemburg
Groussherzogtum Lëtzebuerg
Grão-Ducado do Luxemburgo



Bandeira
Brasão de Armas






















Localização:
Europa, Europa Ocidental.


Origem / Pequeno resumo histórico:
     A história do Grão-Ducado do Luxemburgo tem início com a construção do Castelo do Luxemburgo, durante a Idade Média. Sigfried I (c.922-998), Conde de Ardennes, primeiro Conde do Luxemburgo entre 963 e 998, construiu um pequeno forte nas redondezas de uma antiga fortaleza romana, chamado "Castellum Lucilinburhuc", num terreno que lhe fora dado por monges da Abadia de São Máximo, no ano de 963. Sigfried I foi o fundador da Casa do Luxemburgo.
Representação de Sigfried I do
Luxemburgo
     À volta do forte cresceu uma vila, que se tornou um centro estratégico para a França, Alemanha e Países Baixos. O Forte do Luxemburgo, encravado numa grande pedra, foi sendo constantemente aumentado e fortalecido ao longo dos anos, por meio de sucessivos donos, entre eles os Bourbons, os Habsburgos e os Hohenzollernes, que o transformaram numa das maiores fortalezas da Europa. As suas formidáveis muralhas e localização estratégica fizeram o forte ficar conhecido como “Gibraltar do norte”.
     A dinastia luxemburguesa forneceu vários imperadores ao Império Romano, Reis da Boémia, além de arcebispos de Trier e Mogúncia. Desde a Baixa Idade Média até ao Renascimento, o Luxemburgo carregou diversos nomes, dependendo do autor que o cita, como Lucilinburhuc, Lutzburg, Lützelburg, Luccelemburc Lichtburg, entre outros.
Grã-Duquesa Charlotte do
Luxemburgo (1896-1985)
     O Luxemburgo foi cedido à Casa da Borgonha em 1441. Seis anos mais tarde passou a ser administrado pelos Habsburgos. Em meados do Século XVI, foi dominado pela Espanha. A seguir à Guerra da Sucessão de Espanha, entre 1701 e 1714, o Luxemburgo voltou a ser dominado pela Áustria. Em 1815, o Congresso de Viena tornou o país num Grão-Ducado, concedendo-o a Guilherme I, príncipe de Nassau e de Orange e Rei da Holanda. Em 1830, quando os belgas se revoltaram contra Guilherme I, foram seguidos pelos luxemburgueses. Depois da revolta, a zona de expressão francesa foi separada e tornou-se parte da Bélgica.
      Em 1867, as potências europeias fizeram do ducado um Estado independente, para além de garantirem a neutralidade perpétua nas políticas europeias. Em 1914 a neutralidade luxemburguesa foi violada pela Alemanha, que invadiu e ocupou o grão-ducado até ao final da Primeira Guerra Mundial, em 1918. Em 1921, o Luxemburgo firmou uma união económica com a Bélgica.

     Durante a Segunda Guerra Mundial o país foi novamente ocupado pelas tropas alemãs e a família real fugiu para a Inglaterra. O território foi libertado em 1944 e abandonou a neutralidade, aderindo à União do Tratado do Atlântico Norte (NATO / OTAN), em 1949. Desde então tem vivido numa grande estabilidade política, social e económica. Em 1952 aderiu à Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA) e, cinco anos mais tarde, passou a ser membro da União Europeia (UE).



Henri do Luxemburgo,
actual Grão-Duque, desde 2000
Brasão de Armas do Grão-Duque do Luxemburgo





Palácio do Grão-Duque do Luxemburgo, residência oficial.
 Em primeiro plano, a Câmara dos Deputados.

Cultura:
     A produção cultural de Luxemburgo foi ensombrada pela dos seus vizinhos, mas continua viva e vibrante, sobretudo por ter sido durante a maior parte de sua história um país profundamente rural e, portanto, capaz de manter uma série de tradições populares que deram origem à produção actual. Existem vários museus notáveis localizados principalmente na capital, entre eles o Museu Nacional de História e Arte, o Museu Nacional de História Natural, o Museu Histórico da Cidade de Luxemburgo e o Museu de Arte Moderna Grão-Duque Jean (MUDAM). O Museu Nacional de História Militar (MNHM), em Diekirch, é especialmente conhecido por suas representações da Batalha do Bulge. A própria cidade do Luxemburgo é um bem a ser preservado: está na Lista do Património Mundial da UNESCO devido à importância histórica das suas fortificações.

Museu de Arte Moderna Grão-Duque Jean (MUDAM)

Artes - O país tem dado ao mundo alguns artistas de renome internacional, incluindo os pintores Jean-Baptiste Fresez (1800-1867), Nicolas Liez (1809-1892), Jean JacobyJoseph Kutter (1894-1941)Michel Majerus, Jean-Pierre Lamboray (1882-1962), Sosthène Weis (1872-1941), Gust Graas (n. 1924), Emile Kirscht (1913-1994) e Fony Thissen. Os escultores Claus Cito (1882-1965), Nicolas Liez (1809-1892) e Lucien Wercollier (1908-2002), e o artista Su-Mei Tse (n. 1973).


"Vista do Luxemburgo desde Fetschenhof", Pintura de Nicolas Liez, 1870

Fotografia - Na fotografia destacam-se os fotógrafos Edward Steichen (1879-1973), com dupla nacionalidade (luxemburguesa e norte-americana), Édouard Kutter (1887-1978), Charles Bernhoeft (1859-1933) e o foto-jornalista Thierry Frisch. A exposição de Steichen, “The Family of Man” (A Família do Homem) está agora instalada com carácter permanente em Clervaux e foi registada no Programa Memória do Mundo da UNESCO.


Gëlle Fra (Dama Dourada),
escultura de Claus Cito
Monumento memorial "Gëlle Fra", em memória
dos mortos na I Guerra Mundial, na cidade
do Luxemburgo























Literatura e Poesia - Na literatura ou poesia destacam-se Michel Lentz (1820-1893), Michel Rodange (1827-1876), Auguste Liesch (1874-1949) e Roger Manderscheid (1933-2010). Actualmente destacam-se  Anise Koltz (n.1928), que em 2008 recebeu o Prémio Hans Arp de Literatura Francófona, e Jean Portante (n.1950), 
     Luxemburgo foi a primeira cidade a ser designada como Capital Europeia da Cultura duas vezes. A primeira foi em 1995. Em 2007, a Capital Europeia da Cultura foi estabelecida numa imensa zona transfronteiriça, constituída pelo Grão-Ducado de Luxemburgo; o Sarre e a Renânia-Palatinado, na Alemanha; a região da Valónia e da parte de língua alemã da Bélgica; e a região de Lorena, na França. O evento foi uma tentativa de promover a mobilidade e o intercâmbio de ideias atravessando fronteiras em todos os domínios: físico, psicológico, artístico e emocional.

"Bouneschlupp", prato tradicional
luxemburguês
Gastronomia - A gastronomia luxemburguesa reflecte a posição geográfica do Luxemburgo, entre os mundos latino e germânico, tendo por base a culinária dos vizinhos da Bélgica, França e Alemanha. Possui igualmente muita influência dos emigrantes, especialmente portugueses e italianos. A culinária tradicional luxemburguesa possui uma forte base rural e camponesa, com destaque para os produtos de charcutaria, vinhos, queijos e especialidades festivas. Um dos pratos tradicionais da cozinha luxemburguesa é a Bouneschlupp (sopa de feijão verde).







Catedral de Notre Dame do Luxemburgo



Principais recursos naturais:
Sem recursos naturais dignos de registo.


Datas comemorativas:
Dia Nacional – 23 de Junho – A Festa nacional luxemburguesa celebra o aniversário do soberano. Em 1961, um decreto grão-ducal fixa o dia da festa nacional a 23 de Junho, independentemente do dia-aniversário do soberano. Embora a soberana da altura, a grã-duquesa Charlotte, festejasse o seu aniversário a 23 de Janeiro, foi decidido celebrar o aniversário a 23 de Junho, quando a meteorologia mais se apropria às festividades nacionais. O seus sucessores, os grão-duques Jean (aniversário a 5 de Janeiro, reinou entre 1964 e 2000) e Henri (aniversário a 16 de Abril), não alteraram a data, que já entrou nos costumes da população.



Símbolos nacionais:
Bandeira Nacional;
Brasão de Armas;
Hino Nacional  -  Ons Hemecht, ou D'Uelzecht é o nome do hino nacional do Luxemburgo, que data do Século XIX. A letra é de Michel Lentz (1820-1893) e a música de Jean Antoine Zinnen (1827-1898);
Insígnia do Luxemburgo.

Insígnia do Luxemburgo



Lema:
Mir wëlle bleiwe wat mir sin” - ("Queremos permanecer o que somos")


Edifício da Câmara Municipal da capital, Luxemburgo. Em segundo plano,
a Catedral de Notre Dame.


Capital:                                                              Línguas oficiais:
Luxemburgo                                                    Luxemburguês, francês e alemão.


Estação de comboios da cidade do Luxemburgo


Moeda oficial:                                                  Tipo de Governo:
Euro (EUR)                                                       Monarquia constitucional


Data de admissão como membro da ONU (Organização das Nações Unidas):
24 de Outubro de 1945


Data de admissão como membro da União Europeia (EU):
25 de Março de 1957


Data de admissão na União Monetária Europeia (Zona Euro):
1 de Janeiro de 1999


Castelo de Larochette, no cantão de Mersch, no centro do Luxemburgo


Organizações / Relações internacionais:
  • ONU – Organização das Nações Unidas;
  • EU – União Europeia;
  • UME – União Monetária Europeia;
  • AG – Grupo Austrália;
  • AIE – Agência Internacional de Energia;
  • APCE – Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa;
  • BIRD – Banco Internacional para a Reconstrução e o Desenvolvimento;
  • BENELUX – Bloco Económico entre a Bélgica, Países Baixos e Luxemburgo;
  • CoE – Conselho da Europa;
  • COI – Comité Olímpico Internacional;
  • ICO – Organização Internacional do Café;
  • INTERPOL – Organização Internacional de Polícia Criminal;
  • IPU – União Inter-Parlamentar;
  • IRENA – Agência Internacional para as Energias Renováveis;
  • IRU – União Internacional de Transportes Rodoviários;
  • IUCN – União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais;
  • NATO /OTAN – Organização do Tratado do Atlântico Norte;
  • OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico;
  • OIF – Organização Internacional da Francofonia;
  • OIM – Organização Internacional para as Migrações;
  • OIV – Organização Internacional da Vinha e do Vinho;
  • OMC – Organização Mundial do Comércio;
  • OPCW Organização para a Proibição de Armas Químicas;
  • OSCE Organização para a Segurança e Cooperação na Europa;
  • PCA Tribunal Permanente de Arbitragem;
  • PSIWMD Iniciativa de Segurança contra a Proliferação de Armas de Destruição Maciça;
  • RAMSAR Convenção sobre as Zonas Húmidas de Importância Internacional;
  • TPI – Tribunal Penal Internacional;
  • UIC – União Internacional dos Caminhos-de-Ferro;
  • WCO – Organização Mundial das Alfândegas;
  • WIPO – Organização Mundial da Propriedade Intelectual.


Património Mundial (UNESCO):
  • Bairros antigos e fortificações da cidade do Luxemburgo (1994).

Bairros antigos e fortificações da cidade do Luxemburgo (UNESCO)


Património Cultural e Imaterial da Humanidade (UNESCO):
  • Procissão dançante de Echternach (2008).


Procissão dançante de Echternach (UNESCO)



Património Documental inscrito no Registo da Memória do Mundo (UNESCO):
  • Family of Man (A Família do Homem), de Edward Steichen (2003).


Fonte:
Wikipedia, a enciclopédia livre

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