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15 janeiro 2016

Líbia

ليبيا
Líbia




Bandeira
Brasão de Armas





















Localização:
África, Norte de África.
Magrebe árabe (parte mais ocidental do mundo árabe).


Origem / Pequeno resumo histórico:
     O território que hoje corresponde à Líbia já foi dominado por diversos povos, tais como fenícios, gregos, romanos, egípcios, vândalos, bizantinos e berberes, até à invasão árabe de 643 d.C., que trouxe o islamismo e a língua árabe ao país. O nome Líbia foi dado pelos colonos gregos no Século II antes da era cristã.
     No Século XIII a.C. os habitantes da região, denominados "líbios" pelos gregos, participaram nas invasões dos povos do mar no Egipto. Fenícios e gregos chegaram ao país no Século VII a.C. e estabeleceram colónias e cidades. Os fenícios fixaram-se na Tripolitânia e os gregos na Cirenaica, onde fundaram as cinco colónias da Pentápole. No Século V a.C., os cartagineses, herdeiros das colónias fenícias, fundaram na Tripolitânia uma província. No Século I a.C. (106 - 119 a.C.), toda a região foi conquistada e dominada pelo Império Romano, que deixou monumentos admiráveis.
     A Líbia permaneceu como província romana até ser conquistada pelos vândalos em 455 d.C. Após ser reconquistada pelo Império Bizantino, sucessor do Império Romano, a região passou a ser dominada pelos árabes a partir do ano 643. Os árabes estenderam a área cultivada em direcção ao interior do deserto.
     Durante pouco mais de três séculos, o Califado Almóada manteve o domínio sobre a região tripolitana, enquanto a Cirenaica esteve sob o controle egípcio.
Rei Idris I, o primeiro líder que deu a
independência à Líbia
     Em 1 de Janeiro de 1952 a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou a independência da Líbia, data a partir da qual adoptou o nome de Reino Unido da Líbia. O líder religioso dos sanusis, o Emir Sayyd Idris al-Sanusi foi coroado rei, com o nome de Idris I (1951 - 1969).

     Em 1966, Muammar al-Khaddafi, filho de beduínos nómadas que se tinha incorporado no exército, enquanto estudava em Londres, fundou a União dos Oficiais Livres, e, após o retorno à sua terra natal, continuou o trabalho de conspiração política dentro do exército. Em 1 de Setembro de 1969 teve início, em Sabha, uma insurreição liderada por um grupo de cerca de 70 oficiais do exército líbio, que derrubou a monarquia rapidamente e sem derramamento de sangue.
     Os "oficiais livres" eram um grupo de oficiais radicais islâmicos, que após a tomada do poder num Golpe de Estado, criaram um governo militarizado exercido por meio do Conselho do Comando Revolucionário, com 13 integrantes, liderado pelo coronel Muammar al-Khaddafi, então com 27 anos de idade, proclamou-se islâmico, nasserista e socialista, encerrou as bases militares norte-americanas e britânicas, e impôs severos controles sobre a actividade de empresas multinacionais petrolíferas instaladas na década de 1960.
Muammar al-Khadafi tomou o controle da Líbia
em 1969, governando até à guerra civil de 2011

     O regime de Muammar Khaddafi, chefe de Estado a partir de 1970, decretou a nacionalização das empresas, dos bancos e dos recursos petrolíferos do país. A exploração das riquezas do petróleo deu meios ao governo líbio para melhorar as condições de vida da população do país, ainda que a custo de alianças empresariais sombrias e de privilégios para a família do líder nacional.
     Khaddafi lançou um projecto ambicioso de desenvolvimento, com ênfase na agricultura. Cada família rural recebeu aproximadamente dez hectares de terra, um tractor, habitação, ferramentas e irrigação. Foram perfurados mais de 1.500 poços e 2 milhões de hectares do deserto começaram a receber irrigação artificial.
     Devido ao rápido crescimento, a Líbia recebeu imigrantes de outros países árabes e trabalhadores qualificados de todo o mundo. Nas cidades, Khaddafi criou um sistema de previdência social, assistência médica gratuita e incentivos às famílias numerosas. Os trabalhadores da indústria tiveram direito à participação de 25% nos lucros das empresas. Em cinco anos, a Líbia deixou de ser o país mais pobre do norte da África e passou a ter a maior renda per capita do continente: US$ 4.000 por ano.
     Como resultado da guerra civil, entre Fevereiro e Outubro de 2011, e do colapso do regime político de Kaddafi, que estava no poder há mais de 40 anos, a Líbia está a ser, actualmente, administrada por um governo interino, conhecido como Conselho Nacional de Transição.



Cultura:
     A cultura da Líbia é semelhante à de outras nações do Magrebe. Os líbios consideram-se parte da comunidade muçulmana e grande parte  das suas tradições e costumes regem-se através da religião islâmica. 82,6% da população líbia sabe ler e escrever, e os jovens estudam durante uma média de 17 anos.
     Devido à ditadura de Kadaffi, durante muitos anos não houve teatros públicos, e só poucas salas de cinema projectavam longas-metragens estrangeiras. As tradições nativas ainda estão vivas e profundamente enraizadas na população, por isso existem muitos grupos que executam a música e danças folclóricas em festivais nacionais e  internacionais. Os documentos e arquivos oficiais do país estão na capital, Trípoli, onde também se encontra a Biblioteca Nacional. A maior biblioteca do país, contendo 300.000 volumes, está localizada na cidade de Benghazi, na Universidade de Garyounis. A maioria dos museus do país encontram-se em Trípoli, com destaque para o Museu de Leptis Magna, na cidade de Al-Khums.
Gastronomia –  A cozinha da Líbia possui as suas raízes nas tradições do Mediterrâneo e Norte da África, com influência italiana, um legado dos dias em que a Líbia foi uma colónia italiana.
     Um dos pratos líbios mais populares, fortemente temperado, é uma sopa grossa chamada Sharba Libiya ou sopa líbia. A Sharba contém muitos ingredientes de muitos outros pratos líbios, tais como a cebola, tomate, cordeiro ou frango, pimentos, pimenta de caiena, açafrão, ervilhas, hortelã, coentros e salsa.
Música - Vários tipos de música são populares na Líbia, nomeadamente a música Andalusi, conhecida localmente como Ma'luf, Chabi e música clássica árabe. No sul do país, os Tuaregues possuem a sua própria e distinta música folclórica, onde são as mulheres que tocam, tocando um violino com uma corda, chamado anzad, bem como uma grande variedade de tambores.
     Dois dos mais famoso músicos líbios são Ahmed Fakroun e Mohammed Hassan.
Entre os árabes da Líbia, os instrumentos musicais incluem o zokra (gaita de foles), a flauta (feita de bambu), a pandeireta, o out (um instrumento de cordas em forma de pêra ou gota, similar ao alaúde) e o darbuka, instrumento de percussão de membrana, semelhante ao tambor.
Out, instrumento musical tradicional
entre os árabes da Líbia



Darbuka libanesa













Principais recursos naturais:
Petróleo, gás natural, potássio, sal marinho e gesso.


Datas comemorativas:
Dia da Independência – 24 de Dezembro – Celebra a data da independência, da Itália, em 1951.


Símbolos nacionais:
Bandeira Nacional;
Brasão de Armas;
Hino Nacional - "Líbia, Líbia, Líbia" (em árabe: ليبيا ليبيا ليبيا, também conhecida como Ya Beladi, ou "Oh, meu país";
Insígnia da Força Aérea da Líbia.

Insígnia da Força Aérea da Líbia


Lema:
الحرية والعدالة والديمقراطية  (“Liberdade, Justiça e Democracia”).


Capital:                                                           Língua oficial:
Trípoli                                                             Árabe


Vista parcial do centro de Trípoli, capital da Líbia


Moeda oficial:                                                 Tipo de Governo:
Dinar líbio (LYD)                                             Governo provisório


Data de admissão como membro da ONU (Organização das Nações Unidas):
14 de Dezembro de 1955


Organizações / Relações internacionais:
  • ONU - Organização das Nações Unidas;
  • ANWFZ - Tratado Africano para a Formação de uma Zona Livre de Armas Nucleares;
  • BAFD – Banco Africano de Desenvolvimento;
  • BIRD – Banco Internacional para a Reconstrução e o Desenvolvimento;
  • CEN-SAD - Comunidade dos Estados Sahelo-Saharianos;
  • COI - Comité Olímpico Internacional;
  • COMESA - Mercado Comum da África Oriental e Austral;
  • FMA - Fundo Monetário Árabe;
  • Grupo dos 77 - Nações em desenvolvimento;
  • ICDO – Organização Internacional de Protecção Civil;
  • INTERPOL – Organização Internacional de Polícia Criminal;
  • IPU - União Inter-Parlamentar;
  • LEA - Liga dos Estados Árabes;
  • MIGA – Agência Multilateral de Garantia de Investimentos;
  • MNA - Movimento dos Países Não-Alinhados;
  • OCI - Organização da Conferência Islâmica;
  • OIM – Organização Internacional para as Migrações;
  • OMC – Organização Mundial do Comércio (observador);
  • OPAEP - Organização dos Países Árabes Exportadores de Petróleo;
  • OPEP - Organização dos Países Exportadores de Petróleo;
  • OPCW - Organização para a Proibição de Armas Químicas;
  • PCA - Tribunal Permanente de Arbitragem;
  • PEV – Política Europeia de Vizinhança;
  • PSIWMD - Iniciativa de Segurança contra a Proliferação de Armas de Destruição Maciça;
  • RAMSAR - Convenção sobre as Zonas Húmidas de Importância Internacional;
  • UA - União Africana;
  • UIC - União Internacional dos Caminhos-de-Ferro;
  • UMA - União do Magrebe Árabe;
  • WCO - Organização Mundial das Alfândegas;
  • WIPO – Organização Mundial da Propriedade Intelectual;
  • UPM – União para o Mediterrâneo (observador).


Património Mundial (UNESCO):

  • Sítio arqueológico de Leptis Magna (1982);


Antigo Teatro Romano de Leptis Magna (UNESCO)  (foto de David Gunn)


  • Sítio arqueológico de Sabratha (1982);


Mosaico romano do sítio arqueológico de Sabratha (UNESCO)


  • Sítio arqueológico de Cirene (1982);


Sítio arqueológico de Cirene (UNESCO)


  • Sítio rupestre de Tadrart Acacus, (datado de entre 12.000 a.C. e 100 d. C.), (1985);


Pinturas rupestres de Tadrart Acacus (UNESCO) (foto de Luca Galuzzi)


  • Cidade Velha de Ghadames (1986);


Aspecto da cidade velha de Ghadames (UNESCO)


Fonte:
Wikipedia, a enciclopédia livre

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