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19 agosto 2015

AA – Aberturas máximas e mínimas

Enciclopédia Altimagem de Fotografia



(continuação)

Nota: quando os símbolos se encontram ao centro, dois ou mais dos termos seguintes possuem a mesma simbologia.










AA - Um dos formatos estandardizados de pilhas, também designado por R6. É um dos tamanhos mais utilizados em câmaras fotográficas digitais, geralmente as mais baratas, que usam pilhas, que também podem ser recarregáveis (imagem 1).

Imagem 1: Exemplo de pilhas no formato AA,
para câmaras fotográficas, da marca Sony.






A  A letra "A" é a designação do modo de Prioridade à Abertura (aperture priority), usado na maior parte das câmaras fotográficas que possuem este modo. (imagem 2).




Imagem 2: Selector genérico de modo de uma câmara fotográfica,
onde se pode ver o modo "A", de Prioridade à Abertura.




AARONS, SLIM – (1916-2006) – Fotógrafo norte americano conhecido pelas suas fotografias da alta sociedade e das celebridades europeias e americanas desde a década de 1950 até ao final da década de 1970.


AATON DIGITAL – Fábrica francesa de equipamentos de imagens em movimento, com sede em Grenoble. Foi fundada em 1971 pelo engenheiro electrotécnico francês Jean-Pierre Biauviala (n. 1937), apaixonado pelo cinema, criador de câmaras de cinema e de gravadores de som. (imagem 3).

Imagem 3: Logotipo da empresa



ABBÉ, JAMES EDWARD – (1883-1973) – Fotógrafo norte americano. Autodidacta, tornou-se famoso no início do Século XX como fotógrafo de retratos. Entre 1920 e 1937 trabalhou como foto-jornalista para eventos políticos importantes. Depois da Segunda Guerra Mundial dedicou-se à rádio e à televisão (imagem 4).

Imagem 4: James Edward Abbé


ABBOTT, BERENICE – (1898-1991) – Fotógrafa norte americana, célebre pela sua obra, constituída por documentários sobre Nova Iorque. Em Paris conheceu uma das suas maiores influências fotográficas, o fotógrafo francês Eugène Atget, que durante vinte anos produziu oito mil fotos que registaram a cultura, arquitectura e monumentos da capital Francesa. Inspirada pelo trabalho realizado por Eugene Atget, Berenice Abbott voltou os Estados Unidos da América e fez algo semelhante ao que ele fez em Paris, só que em Nova Iorque. Daí nascia o seu trabalho mais conhecido; o Changing New York, onde ela mostra a cidade velha dando lugar à modernidade dos arranha-céus, vias rápidas e pontes de metal que modificaram gradualmente a paisagem urbana. Outro dos seus trabalhos reconhecidos foi a documentação fotográfica da rota que vai do Maine à Flórida.
Berenice foi a primeira mulher a ser admitida na Academia Americana de Artes e Letras (imagens 5 e 6). Ver ATGET, EUGÈNE.



Imagem 5: Berenice Abbott
Imagem 6: Foto de Berenice Abbott - Os
telhados do distrito financeiro de
Manhattan, em 1938.


























ABBUD, KARIMEH – (1896-1955) – Fotógrafa e artista palestiniana, conhecida como a “Lady Photographer”. Trabalhou na Líbia e na Palestina durante a primeira metade do Século XX. Foi em Belém em 1913 que ela começou a interessar-se por fotografia, depois de receber uma câmara de seu pai como um presente pelos seus 17 anos. Suas primeiras fotos são de familiares, de amigos e da paisagem em Belém. A sua primeira foto autografada é datada de Outubro de 1919. Karimeh estudou literatura árabe da Universidade Americana de Beirute, no Líbano. Durante este tempo, ela fez uma viagem a Baalbek para fotografar sítios arqueológicos. Montou um estúdio em casa, onde ganhou dinheiro tirando fotos de mulheres e crianças, casamentos e outras cerimónias. Tirou também muitas fotografias dos espaços públicos em Haifa, Nazaré, Belém e Tiberíades. Na década de 1930 ela era uma fotógrafa profissional, muito conhecida, principalmente em Nazaré. O trabalho que ela produziu neste período foi carimbado em árabe e em Inglês com as palavras: "Karimeh Abbud - Lady Photographer". Em meados da década de 1930, ela começou a oferecer cópias, pintadas à mão, de fotografias de estúdio (imagens 7 e 8).


Imagem 7: Karimeh Abbud.


Imagem 8: Postal de Canaã da Galileia.
Foto de Karimeh Abbud, cerca de 1920.






ABERRAÇÃO
 – ou ABERRAÇÃO ÓPTICA  optical aberration  Defeitos ópticos ou fenómenos da Óptica Geométrica existentes nas lentes das câmaras mais populares, causando distorção ou perda da cor e nitidez na imagem final. As objectivas dos equipamentos profissionais (lentes compostas) reduzem ao mínimo este tipo de defeito.
     Aberração em fotografia é o nome dado para qualquer defeito visual, causado pela incapacidade da lente de produzir uma imagem verdadeira. Geralmente, quanto mais cara a lente, menos aberrações ela apresenta (por possuir qualidade óptica superior). No entanto, não existem lentes “perfeitas”, a lente “ideal” seria capaz de reproduzir uma cena / assunto em imagem fiel à realidade.

As Aberrações dividem-se em duas classes:

Cromáticas e Monocromáticas:


1. (Aberração Cromática)  chromatic aberration / purple fringing  Quando a objectiva não consegue focar as ondas de luz das cores RGB num mesmo plano, seja o plano do Sensor ou o plano da Película, criam-se as chamadas aberrações cromáticas. São causadas pela dispersão da luz e variação do índice de refracção da lente com o comprimento de onda. A lente não é mais do que um prisma, pelo que desvia as cores segundo a longitude de onda (ver imagem 9). A luz branca, ao passar pela lente (ou prisma), dá-se a chamada dispersão em sete outras cores. Acontece porque cada cor (ou frequência) possui um índice de refracção diferente dentro do prisma / lente. Ver DISPERSÃO.

Imagem 9: Dispersão da luz branca através de um prisma

     Nem sempre a aberração cromática é resultado da imperfeição da lente. O próprio sensor CCD (Charge-coupled device) é sensível ao violeta e ultra-violeta. As ondas à volta do violeta chegam em pontos diferentes das outras cores ao passar por zonas de alto contraste, pelas lentes e pela superfície do CCD, ficando, então, fora de foco.
     A sua existência depende essencialmente da qualidade da objectiva. Dentro da mesma objectiva poderá notar-se mais se forem usadas aberturas menores. A maior parte dos fabricantes de gama média e alta usa pelo menos um elemento de vidro especial que reduz a dispersão de luz, possibilitando uma focagem mais precisa das cores RGB no Plano de Focagem (imagens 10 e 11).

Imagem 11: Aberração cromática severa


Imagem 10: Aberração cromática observada
na imagem inferior



2. (Aberração Monocromática) – monochromatic aberration – Também conhecidas como aberrações primárias, são em número de seis (aberração esférica, astigmatismo, coma, curvatura de campo, distorção e desfocagem). Estas aberrações foram estudadas em pormenor por Ludwig von Seidel (1821-1896) por volta de 1850 e por isso levam o nome de Aberrações de Seidel. O que têm em comum é o facto de serem aberrações monocromáticas, ou seja, afectam a imagem como um todo e não apenas cores específicas.


2.1 (Aberração Esférica)  spherical aberration  A imagem projectada pelos raios que atravessam a parte central de uma lente convergente não se encontra na mesma distância em relação aos raios que atravessam as partes externas. Esta é a causa da aberração denominada esférica, que é identificada por uma falta de limpeza de imagem.
A aberração esférica tem impacto na fotografia, em vários campos da ciência, e em quaisquer outras áreas que usem lentes esféricas nas ferramentas. Na fotografia, se uma câmara fotográfica que tem lentes esféricas não contar com nenhum tipo de correcção, tira uma foto sem nitidez nas bordas, apesar do centro não sofrer grande efeito. Isso ocorre pelo fato dos raios luminosos não convergirem da periferia da lente para o foco, e quanto mais para a periferia, mais distante do foco. Ou seja, a borda fica fora de foco. Há várias soluções para esse tipo de problema: se a lente tiver que ser esférica, o Corretor de Schmidt é a melhor solução, sendo uma lente que vai antes da lente convergente, com tal formato que a imagem é completamente corrigida; nos microscópios, pode-se usar um óleo com viscosidade específica e índice de refracção similar ao da lente objectiva e a lamínula, para que os raios de luz sigam em linha recta na passagem entre a lamínula e a lente objectiva, minimizando os efeitos aberração; também existem maneiras de se corrigir aberração esférica pela própria lente, modificando um ou ambos os seus lados para um formato esférico tal que todos os raios passem pelo foco.


Imagem 12: Aberração esférica

Reflexão de um espelho esférico. Os raios incidentes (vermelhos) afastados do centro do espelho produzem raios reflectidos (verdes) que perdem o ponto focal, F. Isto é devido à aberração esférica (imagem 12).




Imagem 13: Sistema óptico usando apenas
um espelho esférico.
  1. Imagem 14: Sistema óptico usando espelho esférico
    combinado com um Corrector de Schmidt.



O fabrico de lentes esféricas é a forma mais intuitiva de evitar tal anormalidade na imagem. Contudo, o fabrico de lentes esféricas, assim como espelhos, é mais difícil e em muitos casos é mais barato produzir vários elementos esféricos para compensar a aberração do que uma lente esférica (imagens 13 e 14).


2.2 (Astigmatismo)  (astigmatism Pode influir tanto na nitidez da imagem como em sua forma, enquanto que a distorção só influi na forma. Por outras palavras, é o tipo de aberração mais conhecido por todos nós, já que é um dos principais defeitos encontrados na vista humana. É uma aberração óptica que afecta a nitidez da imagem entrando em consonância com as aberrações, o qual consiste numa diferença de foco entre as linhas horizontais e verticais de um objecto; enquanto as linhas horizontais acusam nitidez, as verticais ressentem-se de falta de foco, aparecendo borradas, ou vice-versa (imagem 15). Ver ANASTIGMÁTICA.


Imagem 15: Foco de objectivas astigmáticas em diferentes condições


2.3 (Coma)  (coma "vírgula" em inglês. Defeito óptico das lentes que origina pontos de luz fora do eixo luminoso, fazendo com que esses raios de luz apareçam numa imagem como um borrão (disco acompanhado de uma cauda em forma de cometa) (imagem 16).

Imagem 16: Coma


2.4 (Curvatura de Campo)  (field Curvature Aberração de objectiva que provoca um plano de focagem curvo. Na prática, a perda de nitidez é frequentemente compensada pela profundidade de focagem (imagem 17).


Imagem 17: Curvatura de Campo: o Plano da Imagem (arco) é desviado da superfície plana (linha vertical)


2.5 (Distorção)   (distortion A distorção propriamente dita, presente em praticamente qualquer lente com zoom, faz com que linhas, que deveriam ser rectas, apareçam curvadas na foto. Quando as curvas se afastam do centro da imagem temos a distorção de barril. Quando se aproximam do centro da imagem temos a distorção de almofada, também conhecida como distorção de almofada de alfinetes (pincushion distortion). Nos casos em que ambas as coisas acontecem, dependendo da distância do centro, temos a distorção de bigode ou distorção mista.

Imagem 18: Exemplo de uma
distorção em "barril"


     Na distorção de barril, a ampliação da imagem diminui com a distância do eixo óptico. O efeito aparente é a de uma imagem que foi mapeada à volta de uma esfera (ou tambor). Por exemplo, um rectângulo pode aparecer como um “barril” ou uma imagem com prédios podem parecer ter a base muito maior que o topo. As objectivas "olho-de-peixe" (fisheye), que possuem pontos de vista hemisféricas, utilizam este tipo de distorção como forma de mapear um objecto plano infinitamente amplo numa área de imagem finita. Numa lente zoom, a distorção de barril aparece no meio da faixa de distância focal da lente e é maior na gama de grande angular (imagem 18).


     Na distorção de almofada, também conhecida como "Distorção Capitone", o aumento gradual da imagem aumenta com a distância a partir do eixo óptico. O efeito é visível, porque as linhas que não passam através do centro da imagem são abauladas para dentro, em direcção ao centro da imagem, tal como uma almofada de alfinetes (imagem 19). Ver DISTORÇÃO CAPITONE.


Imagem 19: Exemplo de uma
distorção de "almofada"
Imagem 20: Exemplo de uma
distorção de "bigode"
















     Uma mistura de ambos os tipos anteriores (barril e almofada), por vezes referido como distorção de bigode, ou distorção mista, é menos comum, mas não é rara. Começa como uma distorção de barril perto do centro da imagem e, gradualmente, transforma-se em distorção de almofada para a periferia da imagem, fazendo com que as linhas horizontais na metade superior da imagem sejam parecidas com a forma de um bigode (imagem 20).

     A distorção pode acontecer sempre que o fotógrafo inclina a câmara em relação ás linhas verticais do motivo. E quanto mais "aberta" for a lente, mais forte será o efeito de distorção: - especialmente para as lentes de 28 ou 35 mm, mas também para quem usar perspectivas altas ou baixas em relação ao motivo.
     Por exemplo, as pessoas altas tendem a apontar a câmara para baixo. Para minimizar esta situação, muitas vezes é necessário curvar-mo-nos ou até ajoelhar, mesmo que obviamente nem sempre seja conveniente para certos tipos de fotografia. A fim de evitar estas distorções deve-se manter a câmara o mais direita possível em relação ás linhas virtuais horizontais e verticais. Em alguns casos, resultará melhor se mudar o ponto de vista ou a composição, a fim de manter a imagem sem distorção.

2.6 (Desfocagem)  (defocus Em óptica, desfocagem é a aberração em que uma imagem está simplesmente fora de foco. Esta aberração é familiar a qualquer um que tenha usado uma câmara, câmara de vídeo, microscópio, telescópio ou binóculo. Em óptica, desfocagem refere-se a uma translação ao longo do eixo óptico de distância, a partir do plano ou superfície de melhor focagem. Em geral, a desfocagem reduz a nitidez e o contraste da imagem. Detalhes do motivo ou da cena ficam turvos ou tornam-se mesmo invisíveis. Quase todos os dispositivos ópticos de formação de imagem incorporam alguma forma de ajuste de foco, a fim de minimizar a desfocagem e maximizar a qualidade de imagem (imagem 21). Ver DESFOCAGEM.


Imagem 21: Fotografia de luzes de Natal com uma
aberração de desfocagem significativa


ABERTURA – (aperture Orifício numa objectiva através do qual passa a luz que irá incidir na emulsão (película ou sensor) e formar posteriormente a imagem. A abertura é ajustável graças a um diafragma de íris, em pontos assinalados e controlados, designados por números “f/”. Mede-se em «f/stops», que são o resultado da divisão da Distância Focal pelo diâmetro  do orifício. Quanto maior for o número f/, menor é a intensidade de luz. A abertura também tem efeito sobre a profundidade de campo e sobre a difracção. (imagem 22). Ver DIAFRAGMA; Ver DISTÂNCIA FOCAL; Ver NÚMEROS f/; Ver PROFUNDIDADE DE CAMPO.

Imagem 22: Diafragma de objectiva com abertura máxima (1)
e mínima (2)







ABERTURA AUTOMÁTICA (automatic aperture Uma objectiva com a abertura automática mantém o diafragma sempre na sua abertura máxima até ao momento do disparo, quando a coloca na abertura seleccionada, instantes antes de abrir o obturador. Deste modo, o visor óptico (no caso das câmaras reflex) será mais claro para compor a imagem por estar nesta fase com o diafragma totalmente aberto (imagem 23).


Imagem 23: Relação de algumas aberturas do diafragma


ABERTURA MÁXIMA (maximum aperture O maior número “f” que uma objectiva pode alcançar. As objectivas que possuem grandes aberturas máximas (maiores do que f/2) são chamadas de “ lentes rápidas”.


ABERTURA RELATIVA – (relative aperture Diâmetro mensurável do Diafragma dividido pela distância focal da objectiva utilizada e expresso em números «f» inscritos no barril da objectiva.


ABERTURA TOTAL  (full opening O termo refere-se a uma objectiva com a abertura total do diafragma. A abertura total para uma objectiva f/2.8 é, exactamente, f/2.8. A utilização da abertura total minimiza a zona de nitidez do motivo, diminuindo a profundidade de campo e ajudando a suavizar o fundo e a realçar o motivo.


ABERTURAS MÁXIMAS E MÍNIMAS – (maximum and minimum openings As especificações para uma determinada objectiva devem incluir as aberturas máximas e mínimas. Estas referem-se aos números f máximos e mínimos nos quais as objectivas podem ser ajustadas para que atinjam, respectivamente, a mínima e a máxima entrada de luz. Por exemplo, as objectivas Canon EF 70-200 mm têm uma abertura máxima de f/2.8 e mínima de f/32. Isto deve parecer contra-intuitivo uma vez que a abertura máxima tem o número menor enquanto a abertura mínima tem um número maior, mas faz sentido uma vez que o número menor corresponde à maior abertura física. Isto pode ser memorizado se pensarmos nos números f como fracções e nos lembrarmos que 1/2,8 é maior que 1/32.

Imagem 24: f/32 - Abertura pequena
e velocidade baixa
Imagem 25: f/5 - Abertura grande
e velocidade alta












Deve-se notar que a abertura máxima tende a ser de maior interesse (facilita que se tire fotos sob condições de luz escassa porque as lentes deixam entrar mais luz para o filme ou CCD). A abertura máxima é, habitualmente, mencionada na descrição da objectiva (por exemplo, 100 - 400 mm f/5,6; 70 - 200 mm f/2,8).

A abertura mínima é útil para fotos em intervalos de tempo, tiradas em filme (ela coloca um limite superior no tempo de exposição para uma determinada condição de luz) e um campo de profundidade máxima (imagens 24 e 25).


(continua)