מְדִינַת יִשְׂרָאֵל
دَوْلَةُ إِسْرَائِيلَ
Estado de Israel
Bandeira |
Brasão |
Localização:
Ásia, Sudoeste Asiático, Médio Oriente
Origem / Pequeno resumo histórico:
Etimologia - O
nome Israel é o único precedido pelo determinativo para povo, assinalando a sua
distinção em relação às populações de cidades-Estado presentes na mesma
inscrição, o que sugere uma identidade contrastante com a dos seus vizinhos.
É consensual
entre os académicos a derivação de Israel a partir de uma forma verbal semita ocidental
como śārâ (lutar, prevalecer, reinar [com]), e do elemento teofórico El ("Deus"),
o que indicia que a designação poderá ter partido do próprio povo que a usou,
podendo-se supor que partilharia uma identidade cultural e uma noção comum de
religiosidade (culto a El), assim como, talvez, uma propensão para a guerra.
Réplica do segundo Templo, no Museu de Israel, em Jerusalém, destruído no ano 70 pelo Império Romano. |
História - O
moderno Estado de Israel tem as suas raízes históricas e religiosas na Terra de
Israel (Eretz Israel), um conceito central para o judaísmo desde os tempos
antigos, e no coração dos antigos reinos de Israel e Judá. Após o nascimento do
sionismo político, em 1897, e da Declaração de Balfour, a Liga das Nações concedeu
ao Reino Unido o Mandato Britânico da Palestina após a Primeira Guerra Mundial,
com a responsabilidade para o estabelecimento de "…tais condições
políticas, administrativas e económicas para garantir o estabelecimento do lar
nacional judaico, tal como previsto no preâmbulo e no desenvolvimento de
instituições autónomas, e também para a salvaguarda dos direitos civis e
religiosos de todos os habitantes da Palestina, sem distinção de raça e religião…
".
Em Novembro de
1947 as Nações Unidas recomendaram a divisão da Palestina num Estado judeu,
um Estado árabe e uma administração directa das Nações Unidas sob Jerusalém. A divisão foi aceite pelos líderes sionistas, mas rejeitada pelos líderes
árabes, o que conduziu à Guerra Civil de 1947-1948.
Israel declarou sua
independência em 14 de Maio de 1948 e Estados árabes vizinhos atacaram o país no
dia seguinte. Desde então, Israel travou uma série de guerras com os Estados
árabes vizinhos e, como consequência, controla territórios para além
dos delineados no Armistício israelo-árabe de 1949. Algumas das fronteiras
internacionais do país continuam em disputa, mas Israel assinou tratados de paz
com o Egipto e com a Jordânia e, apesar de esforços para resolver o conflito
com os palestinianos, até agora só se encontrou sucesso limitado.
O centro
financeiro de Israel é Tel Aviv, enquanto Jerusalém é a cidade mais populosa do
país e sua capital (embora não seja reconhecida como tal pela comunidade
internacional). A população israelita, conforme definido pelo Escritório
Central de Estatísticas de Israel, foi estimada em 2012 em 7.879.500 pessoas,
das quais 5.930.000 eram judias. Os árabes formam a segunda maior etnia do
país, com 1.622.500 de pessoas. A grande maioria dos árabes israelitas são muçulmanos,
além de uma população menor, mas significativa de beduínos do Negev e árabes cristãos. Outras minorias incluem várias denominações étnicas e etno-religiosas,
como os drusos, circassianos, samaritanos e maronitas, entre outros.
Vista parcial do Mar da Galileia, o maior lago de água doce de Israel. |
Cultura:
Israel possui
uma cultura diversificada, devido à diversidade de sua população: os judeus de
todo o mundo trouxeram as suas tradições culturais e religiosas, criando
uma grande mistura de crenças e costumes judaicos. Foram quatro mil anos de tradição,
um século de sionismo e quase cinquenta anos como estado moderno, que também
contribuíram para sua notável mescla cultural das mais de setenta comunidades
que a compõem. A sua população nacional, no que respeita à cultura, tem à sua
disposição a revista “Ariel”, publicada desde 1962, cobre toda a produção
artística, desde a poesia à arquitectura, passando pela pintura, escultura e arqueologia.
Israel é o único
país no mundo onde a vida gira em torno do calendário hebraico. Férias de
trabalho e escolares são determinadas pelas festas judaicas, e o dia oficial de
descanso é o sábado, o shabat. A subtancial minoria árabe também deixou a sua
impressão sobre a cultura israelita, em áreas como arquitectura, música e culinária,
que tem entre seus principais pratos tradicionais, o Pessach, o Chanuká, o Charosset,
o Farfel e o Kamish Broit.
No cinema, a produção não é tão
mesclada: conta desde o seu início, em 1950, a experiência e a realidade
israelita.
Literatura - A literatura
israelita é composta, principalmente, por poesia e prosa escrita em hebraico,
como parte do renascimento do hebraico como uma língua falada desde meados do Século
XIX, embora um pequeno corpo de literatura seja publicada noutras línguas, como
o árabe e inglês. Por lei, duas cópias de todos os impressos publicados em
Israel deve ser depositada na Biblioteca Nacional, na Universidade Hebraica de
Jerusalém. Em 2001, a lei foi alterada para incluir gravações áudio e vídeo, e
outros tipos de mídia não-impressa.
Em 2006, 85% dos
8000 livros da biblioteca nacional foi ttraduzido para o hebraico. A Semana do
Livro Hebraico (He: שבוע הספר) é realizada uma vez por ano, em junho, com
feiras, leituras públicas e visitas de autores israelitas. Durante essa semana,
o maior prémio literário de Israel, o Prémio Sapir, é apresentado. Em 1966, Shmuel
Yosef Agnon partilhou o Prémio Nobel de Literatura com a autora alemã-judia Nelly
Sachs.
Museus - O Museu
de Israel, em Jerusalém, é uma das mais importantes instituições culturais da
nação. Abriga os Pergaminhos do Mar Morto, juntamente com uma extensa colecção
de arte europeia e judaica. O Museu Nacional do Holocausto de Israel, o Yad
Vashem, abriga o maior arquivo do mundo de informações relacionadas com o holocausto. O Beth Hatefutsoth (Museu da Diáspora), na Universidade de
Tel Aviv, é um museu interactivo dedicado à história das comunidades judaicas
de todo o mundo.
Culinária - Israel
dispõe de pratos da cozinha local e pratos trazidos para o país por imigrantes judeus
de todo o mundo. Desde a criação do Estado, em 1948, e particularmente desde a década
de 1970, uma cozinha especificamente israelita teve o deu desenvolvimento.
A cozinha
israelita adquiriu elementos de vários estilos da culinária
judaica, em particular os estilos da culinária mizrahi, sefardita e ashkenazi,
juntamente com as influência culinárias de judeus marroquinos, iraquianos, etíopes,
indianos, iranianos e iemenitas. Incorpora também muitos alimentos
tradicionalmente consumidos nas cozinhas dos estados árabes, Médio Oriente e Mar
Mediterrâneo, como falafel, homus, xacxuca, cuscuz e za'atar, que se tornaram
pratos essenciais em Israel.
Exemplo de um pequeno-almoço israelita |
Música e dança -
A música de Israel contém influências adquiridas através de imigrantes de todo
o mundo. Música iemenita, melodias árabes e europeias, jazz, pop, rock,
reggae, rap e hip-hop são as mais presentes e influentes na produção musical
contemporânea.
As canções
folclóricas nacionais, conhecidas como "Sons da Terra de Israel",
lidam com as experiências dos pioneiros na construção da pátria judaica. Umas
das orquestras de maior renome do mundo é a Filarmónica de Israel, fundada há
mais de sete décadas, que realiza mais de duzentos concertos por ano em todo o
mundo.
Israel produziu também muitos músicos de qualidade, alguns de fama internacional e na categoria de virtuosos: Itzhak Perlman, Pinchas Zukerman e Ofra
Haza, Arik Einstein, Yardena Arazi, Ishtar, Idan Raichel e Naomi Shemer.
Acompanhando a
produção musical, está a dança, que se divide entre a artística e a
folclórica. Considerada uma expressão de alegria, a dança faz parte das
celebrações religiosas, nacionais, comunitárias e familiares. A ramificação
folclórica é um misto de tradição judaica e não judaica, cultivada desde os
idos de 1940, e apresenta-se em constante desenvolvimento, entre as fontes
históricas e as modernas, misturando estilos bíblicos e contemporâneos, não
servindo apenas para manter as tradições. Já a artística, foi introduzia na
década de 1920, por professores e praticantes fiéis vindos da Europa.
Desporto - A Macabíada
Mundial, um evento no estilo olímpico para atletas judeus, teve a sua primeira
edição na década de 1930 e, desde 1957, é realizada a cada quatro anos. Os
desportos mais populares em Israel são o futebol e o basquetebol. Em 1964, Israel
foi a sede e venceu o Campeonato da Ásia de Futebol.
Na década de
1970, Israel foi excluído dos Jogos Asiáticos de 1978 como resultado da pressão
exercida pelos países participantes do Médio Oriente. A exclusão levou Israel a
mudar da Ásia para a Europa, deixando de participar das competições asiáticas.
Em
1994, a UEFA concordou em reconhecer Israel e todas as organizações de futebol
do país como competidores na Europa. A Ligat ha'Al é a liga de futebol do país
e a Ligat HaAl é a liga de basquetebol. O clube Maccabi Tel Aviv BC ganhou o
campeonato europeu de basquetebol cinco vezes. Bersebá tornou-se um centro
nacional de xadrez e lar de muitos campeões deste desporto da antiga União
Soviética, sendo a cidade com mais grandes mestres de xadrez em todo o mundo. A
cidade foi a sede do Campeonato Mundial de Xadrez por Equipas em 2005, e este desporto
é ensinado nas creches da cidade. Em 2007, o israelita Boris Gelfand empatou em
segundo lugar no Campeonato Mundial de Xadrez.
Principais
recursos naturais:
Gás natural,
madeira, cobre e argila.
Datas comemorativas:
Dia da
Independência – quinto dia do mês judaico de Iyar (entre 16 de Abril e 15 de
Maio) – Dia em que David Ben-Gurion, o primeiro Ministro de Estado, declarou a
independência do Estado, em 1948.
Símbolos
nacionais:
Bandeira Nacional;
Brasão de Armas;
Hino Nacional -
Hatiḳṿa (no alfabeto hebraico התקוה; em
português "A Esperança"), também chamado Hatikvah, Hatikva ou ha-Tikvá(h);
Insígnia da
Força Aérea de Israel.
Capital: Línguas
oficiais:
Jerusalém
(disputada) Hebraico,
árabe e inglês
Moeda oficial: Tipo
de Governo:
Novo Shekel
(NIS) República
parlamentarista
Data de admissão
como membro da ONU (Organização das Nações Unidas):
11 de Maio de
1949.
Organizações /
Relações internacionais:
- ONU - Organização das Nações Unidas;
- APCE - Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa (observador);
- CERN - Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (estatuto especial);
- COI - Comité Olímpico Internacional;
- INTERPOL - Organização Internacional de Polícia Criminal;
- IPU - União Inter-Parlamentar;
- IRENA – Agência Internacional para as Energias Renováveis;
- IRU - União Internacional de Transportes Rodoviários;
- IUCN - União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais;
- MIGA - Agência Multilateral de Garantia de Investimentos;
- OCDE - Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico;
- OCEMN - Organização de Cooperação Económica do Mar Negro (observador);
- OIM - Organização Internacional para as Migrações;
- OIV - Organização Internacional da Vinha e do Vinho;
- OMC - Organização Mundial do Comércio;
- OPCW - Organização para a Proibição de Armas Químicas (tratado assinado mas não ratificado);
- PCA - Tribunal Permanente de Arbitragem;
- PEV - Política Europeia de Vizinhança;
- PSIWMD - Iniciativa de Segurança contra a Proliferação de Armas de Destruição Maciça;
- RAMSAR - Convenção sobre as Zonas Húmidas de Importância Internacional;
- UIC - União Internacional dos Caminhos-de-Ferro;
- UNIDROIT - Instituto Internacional para a Unificação do Direito Privado;
- UPM - União para o Mediterrâneo;
- WCO - Organização Mundial das Alfândegas.
Património
Mundial (UNESCO):
- Cidade antiga de Jerusalém e seus muros (1981) - A Cidade Antiga e as suas muralhas foram nomeadas pela UNESCO Património Mundial da Humanidade em 1981, por indicação da Jordânia. Devido à história conflitual da cidade e sua soberania indefinida, o país de localização do sítio não está especificado na lista da UNESCO. Em perigo desde 1982;
Cidade antiga de Jerusalém (UNESCO) |
- Massada (2001);
Massada (UNESCO) |
- Cidade Antiga de Acre (2001);
Cidade antiga de Acre (UNESCO) |
- Cidade Branca de Tel Aviv - o Movimento Moderno (2003);
- Rota do Incenso - Cidades do Deserto do Neguev (2005);
- Tels Bíblicas - Megiddo, Hazor, Beer-Sheba (2005);
- Lugares Santos Bahá’is em Haifa e Galileia Ocidental (2008);
Sede mundial Bahá'í, em Haifa (UNESCO) |
- Sítios de evolução humana no Monte Carmelo: as grutas de Nahal Me’arot / Wadi el-Mughara (2012);
Sítios de evolução humana no Monte Carmelo (UNESCO) |
- Parque nacional Beit Guvrin-Maresha: Cavernas de Maressa e Bet-Guvrin na Baixa Judeia (2014).
Fonte:
Wikipedia, a
enciclopédia livre.
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