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29 abril 2015

Islândia

Ísland

Islândia


Bandeira


Brasão de Armas

























Localização da Islândia na Europa
















Localização:
Europa, Europa Setentrional, Europa Ocidental, Escandinávia, Nação transcontinental.


Origem / Pequeno resumo histórico:
     Uma das teorias sobre a origem do actual povoamento do território islandês afirma que os primeiros habitantes desta ilha chegaram por volta do Século IX d.C., eram membros de uma missão de monges eremitas, também conhecidos como papar, provenientes da Escócia e da República da Irlanda, embora não existam sítios arqueológicos que comprovem essas hipóteses.
     Presume-se que os monges abandonaram a ilha com a chegada dos escandinavos, que se fixaram no período compreendido entre os anos 870 e 930. Um artigo da publicação Skirnir, onde são mostrados os resultados de investigações realizadas com radio-carbono, afirma que o país foi habitado desde a segunda metade do Século VII d.C..

Pintura representando Ingólfur Arnarson quando estabeleceu
a cidade de Reiquiavique (870). (Pintura de Johan Peter Raadsig, 1850)

     O primeiro colono nórdico permanente foi Ingólfur Arnarson, que construiu uma granja na zona da actual capital, Reiquiavique, no ano 870. Ingólfur foi seguido por muitos outros colonos imigrantes, a maior parte deles nórdicos, com escravos vindos da Irlanda. Em 930, a maior parte do terreno islandês cultivável já tinha sido ocupado. Com isso, foi fundado o Althing, um parlamento legislativo e judicial, como centro político da Comunidade Islandesa. Por volta do ano 1000, o cristianismo foi adoptado na Islândia. A comunidade islandesa permaneceu até 1262, quando o sistema político idealizado pelos colonos originais se tornou incapaz de enfrentar o poder crescente dos caciques islandeses.
     As lutas internas e civis da Era de Sturlungaöld levaram o país a assinar o Pacto Antigo em 1262, tratado que colocou a Islândia sob o domínio da Coroa Norueguesa. A posse da Islândia passou para o Reino da Dinamarca e Noruega até finais do Século XIV, quando os reinos da Noruega, Dinamarca e Suécia se uniram, formando a União de Kalmar. Nos séculos posteriores, a Islândia passou a ser um dos países mais pobres da Europa. Os solos estéreis, as erupções vulcânicas e o tipo de clima tornaram a vida da sociedade mais difícil, cuja subsistência era quase totalmente dependente da agricultura. A peste negra afectou quase toda a população entre 1402 e 1404 e novamente entre 1494 e 1495, matando cerca de metade dos habitantes.
     Em meados do Século XVI, Cristiano III da Dinamarca e Noruega começou a impor o luteranismo a todos os seus súbditos. O último bispo católico do país (antes de 1968) foi Jon Arason, decapitado em 1550 juntamente com seus filhos. Posteriormente, quase toda a população islandesa aderiu ao luteranismo, que desde então é a religião predominante.
     Nos Séculos XVII e XVIII, a Dinamarca impôs à Islândia uma série de restrições ao comércio, enquanto piratas ingleses, espanhóis e argelinos invadiam a sua costa. Uma epidemia de varíola registada no Século XVIII causou a morte de, aproximadamente, um terço da população. Em 1783, a erupção do vulcão Laki teve efeitos devastadores. Nos anos seguintes à erupção, época conhecida como Aflição na névoa (em islandês: Móðuharðindin), mais da metade das espécies de animais no país morreram e mais de um quarto da população morreu de fome.
     Em 1874, a Dinamarca concedeu à Islândia uma constituição e um governo limitado, expandido em 1904.
     O Acto de União, acordo firmado com a Dinamarca em 1 de Dezembro de 1918 e válido durante 25 anos, concedeu à Islândia o total reconhecimento como um Estado soberano, numa união pessoal com o Rei da Dinamarca. Isso significava que o rei exercia a mesma função tratando-se de assuntos internacionais, mas essa união terminaria após 25 anos.
     Durante a Segunda Guerra Mundial, a Islândia uniu-se à Dinamarca mantendo a sua postura neutra. Entretanto, após a ocupação alemã da Dinamarca em 9 de Abril de 1940, o parlamento decidiu que a Islândia deveria assumir os poderes do rei dinamarquês e substituí-lo por um regente. Declarou que que seria feita a implantação da política externa independente, além de outras questões previamente agendadas pela Dinamarca à petição islandesa. Um mês mais tarde as Forças Armadas do Reino Unido invadiram a Islândia, violando sua neutralidade. Em 1941, o país passou a ser dominado pelos Estados Unidos, para que o Reino Unido pudesse implantar as suas tropas noutros locais.
     Em 31 de Dezembro de 1943 o Acto de União expirou, após 25 anos. A partir de 20 de Maio de 1944, os islandeses votaram num referendo de quatro dias para determinar o futuro da união pessoal com o Rei da Dinamarca e a possível implantação de uma república. No resultado, 97% dos votos puseram fim a essa união e 95% votaram a favor de uma nova constituição republicana.
     Finalmente, a Islândia converteu-se numa República em 20 de Junho de 1944, tendo Sveinn Björnsson como primeiro presidente.

Típicos telhados coloridos de Reiquiavique

Cultura:
     A cultura da Islândia possui as suas raízes nas tradições nórdicas e a sua literatura é reconhecida principalmente por suas sagas e eddas, que foram escritas durante a Idade Média.

Arquitectura - A arquitectura islandesa foi historicamente influenciada pela cultura escandinava e pela falta de árvores no território. Por isso, as primeiras casas feitas no país eram cobertas externamente com erva ou turfa. Influenciadas pela cultura viking, as casas de turfa islandesas tinham um formato alongado, feitas com estrutura de madeira e depois cobertas com material vegetal. Com o tempo, novos modelos desse tipo de construção foram surgindo, como a introdução de gabletes na frente das casas, graças à influência dinamarquesa, além da construção de alpendres na frente das construções. Hoje em dia esse tipo de construção já não é executada, e as casas que ainda existem são, na maioria das vezes, abertas ao público como se fossem museus.

Tradicionais casas de turfa islandesas (foto de Stefan Schafft)

     A partir do Século XX, o estilo dos chalés suíços chegou indirectamente ao país, por meio da influência norueguesa, trazendo um modelo diferente, com janelas mais largas e construções maiores. Nesse período ainda foi proibido o uso de madeira nas construções das cidades, por causas dos grandes incêndios que atingiram a capital do país nessa época. Então, com os movimentos de independência, a chegada da utilização de concreto e a crescente urbanização, houve uma mudança significativa no rumo da arquitectura do país, com a construção de prédios maiores e mais elaborados, como a Igreja de Hallgrímskirkja.
     Nos anos recentes, muitos projectos em grande escala surgiram por todo o país, com a construção de grandes arranha-céus, que contrastam com as construções antigas que ainda existem, além de outros projectos como a Sala de Concertos de Reiquiavique.

Literatura – A literatura islandesa começou a ser criada pelos habitantes a partir do Século IX, com as primeiras povoações. Como a língua islandesa e a norueguesa nos tempos medievais eram a mesma, as obras produzidas no país são incluídas na literatura medieval da Escandinávia. As obras mais famosas neste período são as sagas medievais, escritas entre os Séculos XII e XIV, cujos autores são, na maioria das vezes, desconhecidos.
     Durante o Século XX muitas obras de poesias e novelas foram produzidas, destacando-se vários autores:  Johann Sigurdsson, Indridi G. Thorsteinsson, Gudbergur Bergsson, David Stefansson  e Halldór Laxnes, Prémio Nobel de Literatura em 1955.

Desporto – Na Islândia são vários os desportos praticados pela população. Os mais comuns são o futebol, handebol e golfe. O futebol é o mais popular do país, graças ao desempenho da selecção islandesa nas competições internacionais.
     Outro desporto popular no país é o esqui, praticado nas áreas em redor da capital durante o inverno, quando as colinas ficam cobertas de neve. O snowboarding, um desporto relativamente novo, está a tornar-se um desporto popular entre os islandeses. Noutras actividades desportivas incluem-se a equitação, principalmente com o cavalo islandês, adaptado às condições climáticas do país, e a natação, realizada nas piscinas aquecidas pela energia geotérmica.

Culinária – A culinária islandesa é conhecida pela utilização de produtos frescos, livres de agro-tóxicos e de outras substâncias químicas. Seus peixes são famosos pela pesca responsável e pelos elevados padrões de qualidade.
     Entre alguns produtos populares no país, destacam-se a carne de cordeiro, famosa por ser macia e saborosa, e o Skyr, um lacticínio parecido com o iogurte. Como em diversos outros países, lanches rápidos tornaram-se populares na Islândia. Um dos pratos mais populares e baratos é o pylsa, uma espécie de cachorro quente.
     Alguns alimentos peculiares islandeses incluem salsichas feitas com fígado e sangue de carneiro e peixes desidratados que são usados em refeições leves.

Þorramatur (thorramatur). (foto de The blanz)
     Num certo período do ano, denominado Þorrablót (lê-se thorrablot) entre Janeiro e Fevereiro, é de tradição o consumo de alimentos que os antigos islandeses comiam. Esse tipo de comida, denominada Þorramatur (thorramatur), possui diversos ingredientes de origem animal, como cabeça de ovelha chamuscada, cordeiro defumado, chouriço de fígado e várias carnes curadas, como testículos de carneiro, peito de cordeiro e nadadeiras de focas.

Música – Historicamente, a música islandesa esteve sempre associada com a religião. Por isso era muito comum a apresentação de corais em escolas, igrejas e reuniões da comunidade. Essa tradição ainda hoje existe, mesmo sem estar tão ligada às crenças religiosas como no passado.
     As canções cantadas por corais têm origem nas obras produzidas nos Séculos XIII e XIV, com os tradicionais poemas rimados, conhecidos como rímur. Essa relação com o passado representa uma importância cultural simbólica para os islandeses até à actualidade. Até ao início do Século XX praticamente não existiam instrumentos musicais no país, por isso a história musical do país é tão diferente e peculiar em relação a outros países, com as canções folclóricas e religiosas originadas de outros países nórdicos sendo cantadas à capella.
     O mundo começou a conhecer a nova música vibrante que começava a surgir no Século XX com a banda de rock alternativo Sugarcubes, liderada pela cantora Björk, que viria a tornar-se a cantora mais famosa do país com reconhecimento internacional.
     Um dos festivais de músicas mais importantes da Islândia é o Iceland Airwaves, criado em 1999, com edições anuais em Outubro.


Principais recursos naturais:
Alumínio, ferro, silício, diatomite, energia geotérmica.


Datas comemorativas:
Dia da Independência – 17 de Junho – Celebra a data da Independência, da Dinamarca, em 1944.

Símbolos nacionais:
Bandeira Nacional;
Brasão de Armas;
Hino Nacional; Lofsöngur ("Canção de Louvor"), também conhecido como Ó Guð vors lands ("Ó Deus da nossa terra");
Insígnia da Guarda Costeira da Islândia.

Insígnia da Guarda Costeira da Islândia


Capital:                                                             Língua oficial:
Reiquiavique                                                   Islandês


Vista parcial de Reiquiavique, capital da Islândia


Moeda oficial:                                                   Tipo de Governo:
Coroa islandesa (ISK)                                     República parlamentarista


Alþingi, o Parlamento da Islândia, o mais
antigo do mundo (ano de 930)


Data de admissão como membro da ONU (Organização das Nações Unidas):
19 de Novembro de 1946.


Organizações / Relações internacionais:
  • ONU - Organização das Nações Unidas;
  • AG - Grupo Austrália;
  • APCE - Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa;
  • COI - Comité Olímpico Internacional;
  • EFTA - Associação Europeia de Livre Comércio;
  • GFN - Grupo de Fornecedores Nucleares;
  • IHO - Organização Hidrográfica Internacional;
  • INTERPOL - Organização Internacional de Polícia Criminal;
  • IPU - União Inter-Parlamentar;
  • IRENA - Agência Internacional para as Energias Renováveis;
  • IUCN - União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais;
  • MIGA - Agência Multilateral de Garantia de Investimentos;
  • NATO / OTAN - Organização do Tratado do Atlântico Norte;
  • OCDE - Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico;
  • OIM - Organização Internacional para as Migrações;
  • OMC - Organização Mundial do Comércio;
  • OPCW - Organização para a Proibição de Armas Químicas;
  • OSCE - Organização para a Segurança e Cooperação na Europa;
  • PCA - Tribunal Permanente de Arbitragem;
  • PSIWMD - Iniciativa de Segurança contra a Proliferação de Armas de Destruição Maciça;
  • RAMSAR - Convenção sobre as Zonas Húmidas de Importância Internacional;
  • TEDH - Tribunal Europeu dos Direitos Humanos;
  • TPI - Tribunal Penal Internacional;
  • WCO - Organização Mundial das Alfândegas.



Património Mundial (UNESCO):

  • Parque Nacional Þingvellir (2004);
  • Ilha Vulcânica de Surtsey (2008).


Parque Nacional Þingvellir, onde, em 930, foi
fundado o Parlamento da Islândia (UNESCO)

Ilha vulcânica de Surtsey (UNESCO)


Fonte:
Wikipedia, a enciclopédia livre