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15 abril 2015

Iraque

جمهوريّة العراق
كۆماری عێراق
República do Iraque



Bandeira

Brasão de Armas






















Localização:
Ásia, Sudoeste Asiático, Médio Oriente, Golfo Pérsico.


Origem / Pequeno resumo histórico:
     O território do actual Iraque foi o berço da Civilização Suméria  (a civilização mais antiga do mundo) por volta de 4.000 a.C.
     A história do Iraque tem início nos primórdios das civilizações; foi nesta região, maioritariamente equivalente à Mesopotâmia, que foram feitos os primeiros registos históricos, com o aparecimento da escrita. Foi lá também, que surgiu a primeira civilização do mundo, a Suméria. Com efeito, tais registos remontam a mais de cinco mil anos, época em que nem mesmo existia boa parte do território do actual vizinho do Sul, o Kuwait, formado com sedimentos trazidos pelos rios Tigre e Eufrates.
     Boa parte da história desta região é-nos trazida pela Bíblia, cujos primeiros livros são adaptações de histórias e lendas mesopotâmicas, a exemplo do primeiro, o Génesis, que já localiza o próprio paraíso terrestre na localidade ainda hoje denominada de Édem (ou Adem).
     Versões muito mais antigas do dilúvio universal e da história de Jó, em escrita cuneiforme, podem hoje ser vistas no Museu do Louvre, em Paris,que recebeu os primeiros materiais arqueológicos das primeiras expedições científicas napoleónicas ao Oriente Médio.
     As fronteiras orientais do Império Otomano variaram muito ao longo de séculos de disputas com os Mongóis e outros povos da Ásia Central, posteriormente seguidas de disputas com o Império Russo, no Século XIX.
     Na região do moderno Iraque, forças inglesas haviam ajudado a organizar sublevações regionais contrárias ao domínio otomano durante toda a I Guerra Mundial. O Iraque moderno nasceu em 1919, quando o Império Otomano, foi desmembrado, depois da Primeira Guerra Mundial.
Rei Faiçal I do Iraque (1885-1933)
     Em 1932 o Iraque teve sua independência formalizada, embora continuasse sob forte influência inglesa, já que o Reino Unido conseguiu manter membros do antigo governo colonial (1920-1932) durante o período de independência do Iraque governado pelo Rei Faiçal I (1921-1933) e na sequência, em governos dos seus descendentes da dinastia hachemita.
     Após a morte do Rei Gazi, filho de Faiçal, em 1939, foi instituído um período de regência, pois o Rei Faiçal II tinha apenas 4 anos. Na maior parte do período de regência, o tio do rei, Abdulillah (Abdel Ila), governou o Iraque.
     Em 17 de Julho de 1968, Ahmed Hassan al-Bakr deu um golpe de estado que derrubou a república e o presidente Abdul Rahman Arif, colocando os baathistas no poder.
     Onze anos depois, em 15 de Julho de 1979, o sunita Saddam Hussein (até então vice de al-Bakr) assumiu a liderança do país, iniciando um governo que duraria até a Invasão americana do Iraque, em 2003. Saddam lideraria o Iraque contra o Irão, na longa e sangrenta Guerra Irão-Iraque, apoiado pelos EUA. Entretanto, após invadir o Kuwait em 1990, o país foi duramente atacado pela coligação de países liderada pelos EUA na Guerra do Golfo, em 1991.
     Em 2014, a violência sectária e religiosa no Iraque reacendeu com toda a intensidade. Combates sangrentos começaram a irromper no norte e no oeste do país, onde a maioria da população sunita vive.      O grupo extremista "Estado Islâmico do Iraque e do Levante" (EIIL) iniciou uma pesada ofensiva com o objectivo declarado de instaurar um califado muçulmano na região, englobando uma enorme área do Iraque (e também da Síria) querendo impor uma visão restrita da lei islâmica nos territórios que ocupam. Na ofensiva, cidades como Tikrit, Falluja e Mossul, foram tomadas pelos jihadistas. Com isso, novos e sangrentos combates irromperam pelo Iraque. Atrocidades, como assassinatos em massa e saques estariam sendo cometidos pelos insurgentes do EIIL. O governo iraquiano reagiu mandando seus exércitos contra-atacarem os rebeldes. O país possui actualmente uma profunda instabilidade interna.


Cultura:
     Destaca-se a arte milenar do artesanato tradicional iraquiano, do qual os melhores exemplos são os tapetes, baseia-se no rico legado da cultura árabe, usado também na Mesopotâmia.
     Além do artesanato, os iraquianos são voltados para a literatura, tanto em prosa como em poesia. Destaca-se o poeta Nazik al-Malaaikah. Na escultura e na pintura sobressaíram Khaled al-Rahhal, Jawad Salim e Akra.
      Nimrud (em árabe: كال) é o nome moderno do sítio arqueológico localizado à volta da cidade assíria de Kalhu, localizada a sul do rio Tigre, no norte da Mesopotâmia. Os arqueólogos deram o nome de Nimrud à cidade com base no Rei bíblico Nimrod, um lendário herói e caçador mencionado nos livros do Génesis, de Miquéias e no Primeiro Livro de Crónicas. A cidade foi chamada de Cale (Kalakh) na Bíblia.
     A cidade de Nimrud, fundada há mais de 3 mil anos, fazia parte do antigo império Assírio, localizado no actual norte do Iraque entre o rio Tigre e a cordilheira de Zagros. Os seus frescos e outras peças de arte eram celebradas no mundo inteiro e surgem referidas em diversos textos sagrados e literários. A cidade abrangia uma área de 360 hectares. As suas ruínas encontram-se a um quilómetro da aldeia moderna de Noomanea, na província de Nínive, no Iraque, 30 quilómetros a sudeste de Mossul. Em março de 2015 as ruínas da cidade foram devastadas por membros do chamado "Estado Islâmico" num acto de intolerância e ignorância do grupo. Irina Bokova, diretora-geral da UNESCO, condenou a destruição da antiga cidade, considerando-a um “crime de guerra” e um “ataque deliberado contra a história e cultura milenar do Iraque”.
     Dur Sharrukin ("Fortaleza de Sargão") foi uma cidade da Assíria construída em 713 a.C. por ordens de Sargão II da Assíria, sendo a capital do país em 717 a.C. No local, actualmente, encontra-se o vilarejo de Khorsabad, a 15 km do nordeste de Mosul e 20 km ao norte de Nínive.
     A cidade possuía um desenho rectangular, com dimensões aproximadas de 1760 x 1835 metros, sendo a menor capital da Assíria. Era toda cercada por muros, que mediam aproximadamente 16.280 unidades assírias de comprimento. No total, 157 torres protegiam as laterais da cidade, havendo também sete portões. As terras dos arredores eram utilizadas para o cultivo de oliveiras, para aumentar a deficiente produção de azeite da Assíria. Um terraço continha templos (sendo os principais dedicados aos deuses Nabu, Shamash e Sin, enquanto Adad, Ningal e Ninurta possuíam pequenos santuários) e o palácio real (adornado com esculturas e relevos nas paredes).
     A cidade foi colonizada, em parte, com prisioneiros de guerras e deportados, sob o controle dos oficiais assírios, os quais deveriam assegurar que os habitantes fossem suficientemente respeitosos com os deuses e o rei.
     Com a morte de Sargão II, durante uma batalha (705 a.C.), seu filho, Senaqueribe, transferiu a capital assíria para Nínive, mais ao sul. A construção da cidade nunca foi terminada e foi finalmente abandonada um século mais tarde, quando houve a queda do império assírio.
     O primeiro a escavar a cidade foi o cônsul francês em Mosul, Paul-Émile Botta, em 1843. Botta acreditava que Khorsabad era a localização da bíblica Nínive.
     As ruínas milenares do sítio arqueológico foram destruídas em Março de 2015 por forças do chamado “Estado Islâmico”, incluindo o Palácio do Rei Sargão II e de seu filho Senaqueribe.
     Hatra foi uma antiga cidade fortificada situada no actual Iraque, construída pelo Império Selêucida no Século III a.C. e depois capturada pelo Império Parta. Foi a capital do primeiro reino árabe. Resistiu à invasão dos romanos em 116 e em 198 graças às poderosas muralhas reforçadas com torres. As ruínas da cidade, especialmente os templos onde se mistura a arquitetura de influência helénica e romana com motivos decorativos orientais, atestavam a grandeza da civilização que a construiu. Suas ruínas localizam-se a 290 km a noroeste de Bagdade e a 110 km a sudoeste de Mosul, no IraqueConsiderada um oásis da civilização pré-cristã no meio do deserto iraquiano que se estende até a Síria, suas estátuas e colunas – algumas delas com cerca de 70 m de altura – formavam um dos mais impressionantes sítios arqueológicos do país. As visitas por turistas estrangeiros, porém, esteve proibida por quase 40 anos, durante o regime de Saddam Hussein.
     Usadas na cena de abertura do filme "O Exorcista" (1973), suas ruínas milenares, Património Cultural da Humanidade da UNESCO desde 1985, com cerca de 2300 anos de existência, foram explodidas e destruídas pelo grupo “Estado Islâmico” em Março de 2015, na cruzada do grupo radical jihadista para exterminar o que consideram "idolatria" nos territórios tomados sob o seu controle naquela região do noroeste do Iraque. Sua destruição foi considerada como "um momento decisivo na lamentável estratégia de limpeza cultural no Iraque" pela diretora-geral da UNESCO, Irina Bokova


Principais recursos naturais:
Petróleo, minério de ferro, ouro, chumbo, cobre, prata, platina, zinco, lignite, sal, argila, carvão, gesso e enxofre.


Datas comemorativas:
Dia da República - 14 de Julho - Celebra o golpe de 1958, em que o  Exército matou o Rei Faiçal II e o Príncipe Adbullah tomou Bagdad e proclamou a República do Iraque;


Dia da Independência - 3 de Outubro - Celebra a data da independência, do Reino Unido, em 1932.



Símbolos nacionais:
Bandeira Nacional;
Brasão de Armas;
Hino Nacional - "Mawtini" (em árabe: موطني ) ("Minha Pátria");
Insígnia da Força Aérea do Iraque.


Emblema da Força Aérea do Iraque

Insígnia da Força Aérea do Iraque













Capital:                                                           Línguas oficiais:
Bagdad                                                           Árabe e Curdo


Vistas parciais de Bagdad, capital do Iraque (autor: Kurtis)


Moeda oficial:                                                 Tipo de Governo:
Dinar iraquiano (IQD)                                     República parlamentarista


Data de admissão como membro da ONU (Organização das Nações Unidas):
21 de Dezembro de 1945


Organizações / Relações internacionais:
  • ONU - Organização das Nações Unidas;
  • AALCO - Associação Jurídica Consultiva Afro-Asiática;
  • COI - Comité Olímpico Internacional;
  • FMA - Fundo Monetário Árabe;
  • Grupo dos 77 - Nações em desenvolvimento;
  • ICDO - Organização Internacional de Protecção Civil;
  • INTERPOL - Organização Internacional de Polícia Criminal;
  • IPU - União Inter-Parlamentar;
  • IRENA – Agência Internacional para as Energias Renováveis;
  • LEA - Liga dos Estados Árabes;
  • MIGA - Agência Multilateral de Garantia de Investimentos;
  • MNA - Movimento dos Países Não-Alinhados;
  • OCI - Organização da Conferência Islâmica;
  • OMC - Organização Mundial do Comércio (observador);
  • OPAEP - Organização dos Países Árabes Exportadores de Petróleo;
  • OPEP - Organização dos Países Exportadores de Petróleo;
  • OPCW - Organização para a Proibição de Armas Químicas;
  • PCA - Tribunal Permanente de Arbitragem;
  • PSIWMD - Iniciativa de Segurança contra a Proliferação de Armas de Destruição Maciça;
  • RAMSAR - Convenção sobre as Zonas Húmidas de Importância Internacional;
  • UIC - União Internacional dos Caminhos-de-Ferro;
  • UNIDROIT - Instituto Internacional para a Unificação do Direito Privado;
  • WCO - Organização Mundial das Alfândegas;
  • OMPI - Organização Mundial da Propriedade Intelectual.


Património Mundial (UNESCO):

  • Cidade fortificada de Hatra (1985) - Destruída em 7 de Março de 2005 pelo chamado “Estado Islâmico”)
Imagem de Hatra (UNESCO), destruída em 2005

  • Assur (Qal'at Sherqat) (2003) - Em perigo desde 2003.

Ruínas de Assur (UNESCO)

  • Cidade Arqueológica de Samarra (2007) - Em perigo desde 2007.

Grande mesquita de Samarra (UNESCO)

  • Cidadela de Arbil (2014)

Cidadela de Arbil (UNESCO)


Património Oral e Imaterial da Humanidade (UNESCO):
  • A tradição do Maqam iraquiano, a música clássica do Iraque (2008) - Amplamente reconhecido como a principal tradição da música "clássica" no Iraque, o Maqam engloba um vasto repertório de canções, acompanhados por instrumentos tradicionais. Este género popular oferece uma riqueza de informações sobre a história musical da região e as influências árabes que dominaram durante séculos.

Fonte:
Wikipedia, a enciclopédia livre

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