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WESTLAND Mk 95 SUPER LYNX
Quantidade:
5
Utilizador:
Marinha de Guerra Portuguesa (Aviação Naval)
Entrada
ao serviço: 24 de Agosto de 1993
Data
de abate: Em serviço
Dados técnicos:
a)
Tipo de Aeronave
Helicóptero
birreactor, de trem de aterragem triciclo fixo, revestimento metálico, cabina
integrada na fuselagem, concebido para multifunções militares. Tripulação: 3 (2 pilotos e 1 operador de
sistemas).
b)
Construtor
Westland
Aircraft Ltd. / Grã-Bretanha.
Construtor
associado: Aerospatiale / França.
c)
Motopropulsor
Motores:
2 turbo-reactores Rolls-Royce Gem 42-1 Mk 1017, de 1.120 hp.
d)
Dimensões
Diâmetro do rotor principal ………….......12,80 m
Comprimento da fuselagem…..………...15,24 m
Altura………….……………............................3,78 m
Área do disco do rotor principal..............128,71m²
Área do disco do rotor principal..............128,71m²
e)
Pesos
Peso vazio……………..…..….3.291 kg
Peso máximo………………...5.126 kg
f)
Performances
Velocidade máxima ………...…324 Km/h
Velocidade de cruzeiro …….….222 Km/h
Tecto de serviço ……………..3.660 m
Raio de acção ………................232 Km
Alcance máximo ........................528 Km
Alcance máximo ........................528 Km
Autonomia …………….…...…02h 10m
g)
Armamento
Naval: 2 Torpedos; ou 4 mísseis; ou 2 cargas de profundidade;
Ataque: 2 canhões de 20mm; ou metralhadora pesada; ou diversas composições.
Ataque: 2 canhões de 20mm; ou metralhadora pesada; ou diversas composições.
h)
Capacidade de transporte
7
pessoas.
Resumo
histórico:
O helicóptero
Westland Lynx é uma das três aeronaves produzidas a coberto do acordo
franco-britânico de 2 de Abril de 1968, do qual resulta a Aerospatiale ter a
participação de 30% na sua construção. As outras aeronaves abrangidas pelo
acordo são os helicópteros franceses Aerospatiale Gazelle e SA 330 Puma.
O projecto Lynx
foi dirigido pela Westland, tendo em vista a produção de um helicóptero médio,
multi-funcional, para uso civil e militar.
Foram
construídos 13 protótipos em diferentes versões. O primeiro voo data de 21 de
Março de 1971.
Em 20 e 22 de
Junho de 1972 o quinto protótipo bateu o recorde internacional de velocidade da
sua classe, voando a 321,74 Km/h.
Os severos testes a que foi submetido pela Marinha de Guerra Britânica (Royal Navy), inclusive a bordo do navio de guerra «Birmingham», terminaram com sucesso em Fevereiro de 1977.
Os severos testes a que foi submetido pela Marinha de Guerra Britânica (Royal Navy), inclusive a bordo do navio de guerra «Birmingham», terminaram com sucesso em Fevereiro de 1977.
A produção teve
início com dois modelos básicos:
- Lynx HAS2,
destinado à Royal Navy, para serem baseados em navios de guerra. Estão
preparados para detecção e ataque a submarinos e navios de superfície, busca e
salvamento, reconhecimento aéreo, transporte de tropas, apoio de fogo e ligação
entre navios. O desenho inicial sofreu alterações no nariz, devido à instalação
de um radar.
O primeiro
helicóptero deste modelo, que usa um trem de aterragem de rodas, fez o primeiro
voo em 10 de Fevereiro de 1976. Depois de comprovadas as suas capacidades, a
Marinha Britânica encomendou 80 unidades em 1976, sendo o último exemplar
entregue em 1980.
- Lynx AH1,
destinado ao Exército Britânico, com capacidade de adaptação para transporte
táctico de tropas, suporte logístico, escolta armada a outros helicópteros,
ataque a carros de combate, busca e salvamento, evacuação sanitária,
reconhecimento aéreo e posto de comando avançado.
Este modelo, que
voou pela primeira vez em 11 de Fevereiro de 1977, usa o trem de aterragem com
patins. O Exército Britânico encomendou 100 unidades em 1978.
A produção
francesa do Lynx destinou-se à Marinha Francesa, numa versão similar à
britânica AHS2, com um sistema de aquisição de alvos mais sofisticado. A
Marinha Francesa recebeu 26 Lynx entre 1978 e 1980 e mais 19 a partir de 1979,
estes com motores mais potentes.
Os Lynx
fizeram-se notar pelas suas performances, agilidade e pela sua capacidade de
operar os mais modernos sistemas de combate. Foram brilhantes na actuação na
Guerra das Falklands / Malvinas em 1982, tendo um Lynx conseguido atingir cinco
alvos com cinco mísseis, todos disparados em condições meteorológicas adversas.
Confirmadas as
suas capacidades operacionais, as versões básicas têm sido sujeitas a
constantes actualizações. Muitos dos helicópteros das versões mais recentes não
são novos, mas fruto da conversão de outros já construídos.
No dia 29 de
Novembro de 1989 voou pela primeira vez o protótipo do Battlefield Lynx, a
primeira versão terrestre com trem de aterragem de rodas escamoteável. A versão
naval equivalente foi designada por HAS Mk 8 Super Lynx.
Em 1991 entrou
ao serviço a versão HAS Mk 9 Super Lynx, com motores mais potentes e pás do
rotor principal em fibra de alta resistência.
Os Lynx podem
actuar no campo de batalha com mísseis anticarro ou anti-navio, torpedos, cargas
de profundidade, canhões ou metralhadoras. As versões navais estão
especialmente equipadas para a luta anti-submarino.
Os Lynx são
utilizados nas Forças Armadas da África do Sul, Alemanha, Argélia, Argentina,
Bélgica, Brasil, Coreia do Sul, Dinamarca, Egipto, França, Holanda, Malásia, Nigéria,
Noruega, Oman, Paquistão, Portugal, Qatar, Reino Unido e Tailândia.
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Percurso em
Portugal:
Os helicópteros
Westland Mk 95 Super Lynx recebidos em Portugal em 1993 destinaram-se à Marinha
de Guerra Portuguesa. Este facto abre uma nova Era nas Forças Armadas
Portuguesas, pois que, desde a constituição da Força Aérea Portuguesa (FAP), em
1952, nenhum dos outros Ramos possuía meios aéreos.
Foram colocados
na Esquadrilha de Helicópteros da Marinha (EHM), criada em 2 de Junho de 1993 e que, por acordo com a FAP, está
instalada na Base Aérea Nº 6 (BA6), no Montijo.
A EHM foi inaugurada em 24 de Setembro de 1993.
A EHM foi inaugurada em 24 de Setembro de 1993.
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A finalidade
destes helicópteros é equipar as fragatas da classe Meko, constituindo uma
extensão dos respectivos sensores e sistemas de armas, melhorando a sua
capacidade de luta anti-submarino (ASW), de luta anti-superfície (ASUW) e
interdição de área. Como missão secundária, têm a busca e salvamento,
evacuações sanitárias, abastecimento vertical e apoio de tiro contra terra.
Dos contactos
entre a Marinha e a FAP, aquando do programa de aquisição, ficou decidido a
adopção de um sistema comum para as matrículas das aeronaves. Assim, foi-lhes
atribuída a numeração de 9201 a 9205, que já tinha sido utilizada pelos
helicópteros Alouette II. Mantiveram esta numeração até Novembro de 1994,
altura em que passaram a utilizar cinco dígitos, acompanhando a FAP na
implementação de matrículas de cinco dígitos.
A
correspondência entre as matrículas nacionais e os números de construtor, entre
parêntesis, é a seguinte: 19201 (336), 19202 (338), 19203 (363), 19204 (376) e
19205 (377).
Imagem 5: Emblema da Esquadrilha de Helicópteros da Marinha. |
Imagem 6: Emblema da Manutenção da EHM, 1995. |
Os dois primeiros, recebidos pela Marinha, em 24 de Agosto de 1993, foram construídos para a Marinha Britânica na versão Lynx HAS-3S, depois convertidos na versão actual, Super Lynx Mk 95. Os três restantes foram fabricados pela Westland directamente para a Marinha de Guerra Portuguesa, na versão Super Lynx Mk 95. O 19203 foi recebido em 11 de Novembro de 1993 e os outros dois no dia 16 do mesmo mês.
Inteiramente
pintados em cinzento-mar, apresentam a Cruz de Cristo, sobre círculo branco,
nos lados da fuselagem, sob as saídas dos escapes dos motores. A Cruz de Cristo
utilizada é diferente da actualmente usada na FAP, apresentando as pontas de
menor tamanho, igual à que a Aviação Naval usou.
A bandeira
nacional, sem escudo, encontra-se em dimensões reduzidas nos lados do
estabilizador vertical, perto do eixo do rotor de cauda.
Nos lados do fuso da cauda apresenta a inscrição «MARINHA» e, perto do estabilizador de cauda, o número de matrícula. Estas referências foram inicialmente pintadas a preto, passando depois a branco.
Nos lados do fuso da cauda apresenta a inscrição «MARINHA» e, perto do estabilizador de cauda, o número de matrícula. Estas referências foram inicialmente pintadas a preto, passando depois a branco.
Círculos
brancos, com uma âncora sobreposta, estão colocados nos lados da fuselagem, sob
as janelas da cabina de pilotagem. As pás do rotor de cauda apresentam-se
listadas de vermelho e branco.
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*O Lynx Mk95 foi
adquirido pelo Estado Português em 1993 para operar a partir das fragatas da
classe Vasco da Gama como extensão das armas e sensores destes navios. É um
helicóptero de elevada performance e características versáteis que lhe permitem
cumprir tarefas num largo espetro de missões, cobrindo áreas desde a
l luta anti-submarina, luta anti-superfície, interdição marítima, combate
à pirataria, evacuações médicas, transporte logístico e busca e salvamento.
Os seus 5
helicópteros, Westland Lynx Mk95, foram desenhados especificamente para operar
a partir das fragatas classe Vasco da Gama, operando também a partir da classe
Bartolomeu Dias.
A Esquadrilha de
Helicópteros é uma Unidade da Marinha Portuguesa constituída por 130 militares
que tem por missão aprontar helicópteros, respetivas tripulações e equipas de
manutenção com vista à constituição dos destacamentos a embarcar nos navios.
Em abril de
2013, a Esquadrilha de Helicópteros da Marinha Portuguesa atingiu a marca de
20.000 horas de voo.
Das 20.000 horas
voadas, grande parte foram efetuadas a bordo das fragatas da classe Vasco da
Gama, do navio reabastecedor Bérrio e, mais recentemente, também das fragatas
da classe Bartolomeu Dias, tendo participado em diversas operações nacionais e
internacionais, nomeadamente na(s):
- Operação de embargo à Sérvia-Montenegro (Operação “Sharp Guard” - 1995-96);
- Operação de resgate de cidadãos nacionais e estrangeiros na Guiné Bissau (Operação “Crocodilo” - 1998);
- Operação de apoio às populações de Timor-Lorosae (Operação “Timor-Lorosae” - 2000);
- Operação de combate ao terrorismo no Mar Mediterrâneo (Operação “Active Endeavor” – desde 2002);
- Operação de apoio às populações da Ilha da Madeira (aluvião de 2010);
- Operações da União Europeia e da NATO de combate à pirataria ao largo da costa da Somália (Operação “Atalanta” e Operação “Allied Protector” e “Ocean Shield” – desde 2009).*
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Em 14 de Abril de 2013 a Esquadrilha de Helicópteros da Marinha (EHM) atingiu a marca das 20.000 horas de voo, sem registo de qualquer tipo de acidente.
Em 8 de Junho de 2014, a EHM completou 21 anos de existência.
Fontes:
- Imagens 1, 3, 4, 7 e 8: © Carlos Pedro - Blog Altimagem;
- Imagem 2: Cortesia de Wikipedia, a enciclopédia livre;
- Imagens 5 e 6: Colecção Altimagem;
- Texto: "Aeronaves Militares Portuguesas no Século XX" - Adelino Cardoso - Edição ESSENCIAL, Lisboa, 2000;
- Texto em *itálico*: Cortesia de marinha.pt - Marinha de Guerra Portuguesa.
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