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29 outubro 2014

Estónia

Eesti Vabariik
República da Estónia

Bandeira

Brasão de Armas



















Localização:
Europa, Europa Setentrional, Europa de Leste, País do Báltico.


Origem / Pequeno resumo histórico:
     Supõe-se que os primeiros povos que habitaram o actual território da Estónia tenham sido os éstios, nómadas que viviam em tribos semi-organizadas. No Século XIII a Igreja Católica organizou, por meio do Rei Valdemar II da Dinamarca, uma cruzada para cristianizar as tribos pagãs do Mar Báltico.
     A luta que se seguiu por quase 20 anos acabou por delimitar o território da Estónia ao norte pela Dinamarca e ao sul por uma divisão entre vários bispados e a Ordem dos Livónios, uma poderosa ordem cristã que conseguiu derrotar todas as tribos locais e dominar a maior parte do território.
     Em 1248, Tallinn (Reval) adoptou um governo autónomo baseado na Lei de Lübecke. Anos depois foi aceite na Liga Hanseática, tornando a região importante comercialmente e assinalando a perda do domínio dinamarquês na região. Mesmo após diversos tratados com os lituanos e os russos, a Dinamarca não conseguiu conter o aumento do poderio militar dos vassalos, influenciados pela Vestfália e outros pela Livónia, até que, em 1343, os estonianos, até então subjugados pelos vassalos e tidos apenas como servos dos nobres, organizaram a Revolta da Noite de São Jorge, na qual renunciaram ao cristianismo e lutaram contra a servidão. 
     A Ordem Teutónica, que comandava a Livónia, acabou com a revolta dois anos depois e comprou o território à Dinamarca. Assim, iniciava-se o período do domínio teutónico sobre a Estónia.
     Em 1645, após nova derrocada da Dinamarca, os suecos foram o terceiro povo a dominar o território da Estónia, mas o que mais trouxe benefícios aos estonianos, antes tidos como apenas servos dos nobres que dominavam a região. 
     Foi nessa época que surgiram as primeiras escolas nas vilas estonianas, que eram capazes de ensinarem o povo a ler alguns ensinamentos religiosos. Foi aberta também, pelo Rei Gustavus II Adolphus, em Tartu, a primeira universidade na Estónia. Anos depois, após a Guerra dos 30 anos, mestres alemães vieram à academia de Tallinn ministrar aulas como nas academias alemãs, aumentando a influência que os alemães sempre tiveram na Estónia.
     Em Fevereiro de 1700 teve lugar a Grande Guerra do Norte, mais uma vez com participação da Dinamarca, Polónia, Rússia e Saxónia, contra os suecos. Depois de muitas batalhas e reviravoltas, como a batalha de Poltava, os russos conseguiram derrotar as tropas pessoais do Rei Carlos XII e conquistar Tallinn, dominando finalmente a Estónia e a Livónia.
     Aproveitando a inevitável queda do Império Russo, e já descontente com algumas medidas do império, revoltaram-se em conjunto com a Revolução de 1905 e foram fortemente reprimidos pelo exército russo. Mas esse foi o primeiro passo real para a independência que seria alcançada após a Revolução de 1917, que daria pela primeira vez uma terra independente aos estonianos, a República da Estónia.
     As cores da bandeira têm o seguinte significado: o azul representando a fé, a lealdade e a devoção, bem como os lagos e o céu; o preto simboliza o passado negro e o sofrimento do povo estoniano; o branco representa as virtudes e a felicidade do povo, mas também a casca da bétula, a neve e a luz do sol.

Cultura:
     Devido às diversas culturas que se sucederam em ocupações sucessivas, a Estónia desenvolveu uma cultura de particular tolerância e de respeito pelo estrangeiro, seja qual for o seu país ou a sua cultura. No país estão presentes várias minorias: os russos representam 25,7% da população, seguidos pelos ucranianos, com 2,1% da população; 1,2% da população é bielorrussa e 0,8% finlandesa... A importância da população russófona vem da ocupação soviética e da industrialização exagerada de que a Estónia foi alvo na época.
     O folclore popular na Estónia vem de muitos séculos antes das primeiras ocupações no Século XIII. Os primeiros a influenciar estas tradições foram os finlandeses que, pela sua proximidade com o norte e com a língua, promoveram uma aproximação cultural. 
     O primeiro grande impacto estrangeiro ocorreu quando os católicos chegaram à Estónia no Século XIII e tentaram suprimir a cultura pagã em virtude da cristã. O que ocorreu foi a mistura dessas culturas, o que fez ao longo dos anos surgir a cultura do povo da Estónia.

Arquitectura - Em todos os anos de domínio dos diversos povos (germânicos, suecos e russos), a arquitectura da Estónia sofreu diversas influências. O síndrome dessas influências - a raiva, o medo e a humilhação - deram características interessantes à arquitectura dos seus monumentos, tornando o Gótico Estoniano único entre as arquitecturas góticas do norte. Outros estilos são reflectidos de uma forma suave e calma, entre igrejas medievais, detalhes renascentistas, castelos barrocos, casas clássicas e vilas em Art Nouveau (Arte Nova).
     Como símbolos arquitectónicos nacionais tem-se a medieval Tallinn, a barroca Narva, a clássica cidade universitária de Tartu, e Pärnu, uma cidade do litoral com arquitectura da década de 1920.

Teatro - A história do teatro na Estónia é centenária. Começou, profissionalmente em 1906 com o director Karl Menning em Tartu. Semanas depois, em Tallinn, Theodor Altermann e Paul Pinna começavam o teatro profissional na capital. Após isso outros grandes nomes do teatro estoniano surgiram como Voldemar Panso, Evald Hermaküla e Priit Pedajas.
     Dentro dessa curta história o teatro mobilizou muitas pessoas, facto que a tornou bem acessível para a maioria da população. Existem uma Ópera Nacional, oito Teatros nacionais, três Teatros municipais e 10 teatros privados, nas cinco grandes cidades da Estónia, além de inúmeras escolas de teatro amador espalhadas pelo país.

Edifício da Ópera Nacional, em Tallinn

Literatura - Desde o crescimento do sentimento de nação do povo estoniano, no Século XIX, vários escritores nacionalistas surgiram e escreveram textos memoráveis como o épico Kalevipoeg (O filho de Kalev) por Friedrich Reinhold Kreutzwald, evidentemente influenciado pelo Romantismo alemão. Ao lado de Kreutzwald, lutava a poetisa patriótico-romântica Lydia Koidula. Mas os esforços desse incipiente nacionalismo foram frustrados pela russificação da Estónia, a partir de 1880.
     O primeiro realista foi Juhan Liiv, autor de Kümme lugu (Dez histórias). A renovação literária foi realizada por Eduard Vilde, que durante a sua longa vida mudou várias vezes de estilo, ficando, porém, fiel ao nacionalismo estoniano e ao socialismo revolucionário. A sua obra principal é o romance Mäeküla piimamees (O leiteiro de Mäeküla). Vilde foi um dos fundadores do movimento Noor-Eesti (Jovem Estónia), ao qual pertenceram Anton Hansen Tammsaare, Tõde ja õigus (Verdade e justiça) e Gustav Suits, Lapse sünd (Nascimento de uma criança), as duas maiores figuras da literatura na Estónia.

Música - As primeiras representações de música na Estónia provavelmente surgiram das tradicionais canções runo-estonianas, derivadas de canções de trabalho e baladas épicas. Com o estudo dessas canções começaram a surgir diversas manifestações populares do folclore estoniano por toda a Estónia, mas duramente suprimidas nos períodos da invasão russa. Durante a década de 1960, a União Soviética encorajou suas repúblicas a fortalecerem o folclore nacional. Com o apoio surgiram primeiramente os grupos de coral Värka e Leiko. Em 1967, foi lançado o primeiro LP com música tradicional estoniana, Eesti rahvalaule ja pillilugusid (Canções populares e peças instrumentais estonianas).
     A Estónia produziu também alguns compositores clássicos, como Artur Kapp (1878-1952), Lepo Sumera (1950-2000), Eduard Tubin (1905-1982), Arvo Pärt (1935-) e Veljo Tormis (1930-), o que deu uma significativa reputação à música clássica na Estónia.
     Actualmente, a música estoniana é representada por alguns grupos de rock e metal, tais como Vanilla Ninja, Metsatöll e o grupo de música folclórica Laudaukse Kääksutajad, além da cantora pop Kerli.

Gastronomia - A culinária da Estónia foi influenciada ao longo dos séculos pelos seus tradicionais e mais poderosos vizinhos. A Dinamarca, Alemanha, Suécia, Polónia e Rússia chegaram a governar todo ou parte de seu território, mas a característica principal da gastronomia local é sua origem camponesa.

Saku, a cerveja da Estónia
     As receitas estonianas mais exclusivas ainda são preparadas em muitas famílias e servidas em vários restaurantes ao redor de Tallinn. Entre os pratos tradicionais estão: Marineeritud angerjas, enguia marinada, servida fria; Keel hernestega, outro aperitivo servido frio cujo ingrediente principal é língua; Sült, carne de porco cozida em geleia. A geleia é feita fervendo a carne de porco desossada, às vezes os pés ou a cabeça. É feita frequentemente em grandes quantidades e depois armazenada em jarros; Verivorst (morcela), é um enchido (ou embutido) sem carne, recheado principalmente com sangue coagulado e arroz, de cor escura característica. É um prato estoniano muito típico do inverno e da noite de Natal. É servido acompanhado de uma geleia vermelha de frutos silvestres; Mulgikapsad, chucrute guisado com carne de porco, servido com batatas cozidas; Silgusoust, espécie de arenque pequeno do mar Báltico com toucinho no creme de leite; Karask, um bolo semelhante ao pão de cevada; Kali, uma bebida fermentada ligeiramente alcoólica e adocicada feita de pão preto ou de centeio.

Desporto - Durante muitos anos, a Estónia cedeu os seus atletas a outros países. Primeiro à Rússia (1900-1912) e depois à União Soviética (1948-1988), mas quando participou dos Jogos Olímpicos de Verão sob sua bandeira trouxe 8 medalhas de ouro, 7 de prata e 14 de bronze. Nos jogos de inverno, a Estónia participou de menos edições (7) mas foi mais eficiente, trazendo mais medalhas de ouro, 4 no total, contra apenas 1 de prata e 1 de bronze. O maior atleta olímpico da Estónia é o esquiador Andrus Veerpalu, que possui três medalhas, duas de ouro e uma de prata, conquistadas em Salt Lake City 2002 e Turim 2006.
     No ciclismo, o mais notável é Jaan Kirsipuu, que ganhou várias etapas da Volta da França. No automobilismo, Marko Asmer tornou-se campeão da Fórmula 3 inglesa em 2007, e foi o primeiro piloto estoniano a pilotar um Fórmula 1, em testes para a Williams em 2003.
     Tõnis Kasemets representou a Estónia na temporada de 2006 da extinta Champ Car, tendo um décimo-primeiro lugar no GP de Edmonton como melhor resultado. Kevin Korjus, actualmente na GP3 Series, e Sten Pentus, hoje na Auto GP, são os outros representantes estonianos no automobilismo de fórmula. Markko Märtin, que disputou 86 provas de rali entre 1997 e 2005, é o principal nome do país na modalidade.


Principais recursos naturais:
Xisto betuminoso (kukersite), calcário, madeira, âmbar, argila azul e dolomita.


Datas comemorativas:
Dia da Independência - 24 de Fevereiro - Celebra a Declaração de independência, da Rússia, em 1918.



Símbolos nacionais:
Bandeira nacional;
Brasão de Armas;
Hino Nacional - Mu isamaa, mu õnn ja rõõm ("Minha Pátria, Meu orgulho e alegria");
Insígnia da Força Aérea da Estónia.

Insígnia da Força Aérea da Estónia


Capital:                                                                                    Língua oficial:
Tallinn                                                                                      Estoniano


Vista parcial de Tallinn, capital da Estónia


Moeda oficial:                                                                                   Tipo de Governo:
Euro (adesão em 1 de Janeiro de 2011)                                     República parlamentarista


Data de admissão como membro da ONU (Organização das Nações Unidas):
17 de Setembro de 1991


Data de admissão como membro da UE (União Europeia):
1 de Maio de 2004


Organizações / Relações internacionais:
  • ONU - Organização das Nações Unidas;
  • UE - União Europeia;
  • AG - Grupo Austrália;
  • APCE - Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa;
  • BERD - Banco Europeu para a Reconstrução e o Desenvolvimento;
  • COI - Comité Olímpico Internacional;
  • GFN - Grupo de Fornecedores Nucleares;
  • IHO - Organização Hidrográfica Internacional;
  • INTERPOL - Organização Internacional de Polícia Criminal;
  • IPU - União Inter-Parlamentar;
  • IRENA - Agência Internacional para as Energias Renováveis;
  • IRU - União Internacional de Transportes Rodoviários;
  • IUCN - União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais;
  • MIGA - Agência Multilateral de Garantia de Investimentos;
  • ICO - Organização Internacional do Café;
  • NATO / OTAN - Organização do Tratado do Atlântico Norte;
  • OCDE - Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (país convidado);
  • OIM - Organização Internacional para as Migrações;
  • OMC - Organização Mundial do Comércio;
  • OPCW - Organização para a Proibição de Armas Químicas;
  • OSCE - Organização para a Segurança e Cooperação na Europa;
  • PCA - Tribunal Permanente de Arbitragem;
  • PSIWMD - Iniciativa de Segurança contra a Proliferação de Armas de Destruição Maciça;
  • TEDH - Tribunal Europeu dos Direitos Humanos;
  • TPI - Tribunal Penal Internacional;
  • UIC - União Internacional dos Caminhos-de-Ferro;
  • UPM - União para o Mediterrâneo;
  • UIHJ - União Internacional dos Oficiais de Justiça;
  • UME - União Monetária Europeia;
  • WCO - Organização Mundial das Alfândegas;
  • RAMSAR - Convenção sobre as Zonas Húmidas de Importância Internacional;
  • UNIDROIT - Instituto Internacional para a Unificação do Direito Privado;
  • WIPO - Organização Mundial da Propriedade Intelectual.


Património Mundial (UNESCO):
  • Centro Histórico de Tallinn (1997);
  • Arco Geodésico de Struve (2005) (sítio internacional partilhado com mais 9 países).



Centro Histórico de Tallinn (UNESCO)

Património Oral e Imaterial da Humanidade (UNESCO):
  • Celebrações dos cantos e danças do Báltico (2008) (partilhado com a Letónia e a Lituânia) - Esta expressão cultural que é a custódia e ilustração da tradição das artes do espectáculo populares na região, atingiu o seu apogeu nos grandes festivais que se realizam a cada cinco anos na Estónia e Letónia, e quatro na Lituânia. Estes grandes eventos durar vários dias e reunir até 40.000 cantores e dançarinos. A maioria deles pertence a corais e grupos de dança de fãs. O seu repertório reflecte a variedade de tradições musicais da Estónia, Letónia e Lituânia, desde as primeiras canções folclóricas a composições contemporâneas.
  • Espaço cultural de Kihnu (2008) - Kihnu e Manija, duas pequenas ilhas no Mar Báltico situadas ao largo da costa da Estónia, alberga uma comunidade de 600 pessoas cujas expressões culturais e tradicionais agrícolas têm permanecido vivas através dos séculos, em grande parte graças às mulheres. Desde os primeiros dias de seu assentamento nas ilhas, os homens da comunidade Kihnu saem para o mar para pescar e caçar focas, enquanto as mulheres permanecem em terra para cultivar os campos e realizar as tarefas domésticas.
  • O Leelo, canto polifónico tradicional da aldeia de Seto (2009) - Para os habitantes da aldeia de Seto, no sudeste da Estónia, Distrito de Petchory (Federação Russa), o Leelo, antigo canto polifónico, é hoje um dos pilares da sua identidade. Os cantores interpretam as suas melodias ancestrais vestidos com os seus trajes tradicionais. Esta canção é caracterizada pela alternância de vozes: um cantor principal canta um verso e o coro continua a cantar as últimas sílabas do refrão, para depois cantar todo o versículo.


Fonte:
Wikipedia, a enciclopédia livre

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